Saída de componente híbrido e redução de gastos: FIA anuncia novas regras do WRC 2025
O Conselho Mundial do Esporte a Motor da FIA definiu algumas mudanças no conjunto de regras para as temporadas 2025 e 2026 do WRC, que terá alterações mais acentuadas nos carros
A última reunião realizada pelo Conselho Mundial do Esporte a Motor, no fim de fevereiro, determinou que algumas novas regras entrarão em vigor no novo regulamento do WRC, o Mundial de Rali, a partir de 2025. Sugeridas pela Comissão do WRC, as novas indicações foram aceitas pelo Conselho e ainda serão transformadas em propostas reais para a formatação do novo conjunto de regras, previsto para ser divulgado em junho.
A principal mudança se dá na área técnica, com a remoção da unidade híbrida plug-in do Rally1, o carro principal do WRC. A decisão foi tomada para buscar uma redução de custos e desempenho, que será compensado com a redução do peso total do carro. O restritor de ar e a aerodinâmica também sofrerão alterações. O modelo do carro, porém, tem sequência confirmada para 2025 e 2026.
O carro da divisão inferior, o Rally2, seguirá as mesmas especificações atuais. Porém, quando forem competir em eventos da classe principal a partir de 2025, os carros terão direito a restritores e exaustores mais largos, uma borboleta específica para a caixa de câmbio e uma nova asa traseira. O objetivo é diminuir a diferença de performance para o Rally1.
A partir de 2026, um novo conjunto de regras técnicas será introduzido pelo WRC para a classe principal. O regulamento vai incluir uma célula de sobrevivência que reduzirá gastos e complexidade, além da permissão de que as fabricantes produzam o chassi baseado em modelos de produção, como carros das classes B e C, SUVs e Concept Cars. Para equilibrar a performance, critérios como centro de gravidade e aerodinâmica serão analisados.
A potência total do carro será de 330cv, com a performance do motor sendo controlada por um torque de referência. Unidades de potência e transmissões farão parte do teto de gastos, estipulado em €400,000 [cerca de R$ 2,1 milhões], e a aerodinâmica vai ser limitada por uma restrição na velocidade máxima para controlar o desenvolvimento e os custos.
Por fim, o Conselho decidiu que vai introduzir "na primeira oportunidade possível" uma classe totalmente elétrica. O departamento técnico da FIA está encarregado de produzir um conjunto de regras adequado, que possa utilizar a nova célula de sobrevivência do Rally1 e que consiga alcançar desempenho parecido ao do carro atual, quando este usa combustíveis sustentáveis.
Entre as novas sugestões esportivas, estão: liberdade maior para os organizadores dos eventos em torno do cronograma de cada etapa, com rodadas obrigatoriamente terminando com o Power Stage disputado aos domingos. Além dos ralis atuais, o calendário pode compreender alguns eventos curtos de formato sprint, mas os quilômetros totais da temporada precisarão se manter iguais, com um misto de etapas de asfalto, cascalho e neve.
Como tentativa para cortar gastos, o número de funcionários permitidos em cada carro será diminuído no futuro. Para permitir que os organizadores locais tenham mais liberdade nos eventos, as distâncias das seções de ligação serão reduzidas, enquanto o alcance dos eventos será aumentado para o público. Assim, caso necessário, as equipes terão direito a transportar peças em um veículo autorizado.
Entre outras mudanças esportivas, cada fabricante recebeu um máximo de dez dias adicionais em 2024 para testar o programa da nova fornecedora de pneus do WRC a partir de 2025, a Hankook — que fica até, pelo menos, 2027.
A temporada, que já teve etapas em Mônaco e Suécia este ano, continua com o Rali do Quênia — que termina no dia 31 de março. O WRC ainda vai passar por Croácia, Portugal, Itália-Sardenha, Polônia, Letônia, Finlândia, Grécia, Chile, Europa Central e Japão em 2024.
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