Dixon mantém esperança viva, mas nem isso é suficiente para desbancar Palou

Na temporada da Indy, Scott Dixon ousa desafiar normas, triunfando em corridas imprevisíveis. Sua abordagem destemida destaca sua excelência no esporte. A rivalidade intensa com Álex Palou adiciona fervor a essa busca pelo título.

Scott Dixon é gênio. Mas além disso, Scott Dixon é um sujeito capaz de quebrar o óbvio e a previsibilidade das coisas. Era muito previsível, por exemplo, que Josef Newgarden varresse os ovais da Indy em 2023. Afinal, já tinha vencido os últimos cinco, incluindo a Indy 500. Era a tendência. Assim como era previsível que Álex Palou conquistasse o título em uma das temporadas mais dominantes da Indy nos últimos tempos. Era a tendência, mas Dixon estava lá para quebrar isso.

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E Dixon quebra as tendências do jeito mais Dixon possível. Ele não fez uma grande classificação, largou fora do top-10 de novo, mas quem disse que isso pode parar o neozelandês? Em uma prova que parecia toda desenhada a Newgarden e com pitadas de um Pato O'Ward brigando até o fim, lá estava o hexacampeão com uma estratégia diferente, parando uma vez a menos que todos para roubar uma vitória improvável. São 55 para um dos maiores pilotos da história.

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Scott Dixon (Foto: IndyCar)

Inclusive, Scott merece muitos elogios pela temporada que faz. Só se ausentou do top-10 em uma ocasião, quando abandonou após a batida com Pato O'Ward em Long Beach. Fora isso, uma temporada extremamente regular e presente em absoluta toda ocasião, além de emendar duas incríveis vitórias quando ninguém esperava.

“Nós estávamos totalmente fora, mas ainda temos uma chance. Foi um grande ano, mas pena que as vitórias chegaram tarde, mas estou esperançoso. Vai ser divertido. Vamos trabalhar duro e tentar vencer as próximas provas”, concluiu Dixon.

O problema é que, do outro lado da disputa, existe um piloto absurdamente regular e que não perde nenhuma oportunidade. Também punido por uma troca não autorizada de motor, Álex Palou não era favorito em momento algum, muito menos andou no pelotão da frente. Mesmo assim, teve ritmo e condições para emplacar um sétimo lugar. Absolutamente nada dá errado para ele.

E é exatamente deste jeito que a conquista de Palou fica ainda maior, porque existem adversários. Dixon está lá em todo fim de semana buscando o máximo e alcançando resultados. Josef Newgarden, apesar da batida que tirou as chances de título, se consolida como um dos melhores pilotos de ovais de todos os tempos. O que mais ajuda Palou é justamente o fato de ter concorrência.

Para Portland, o cenário é evidente, ainda mais em mistos. Só um milagre evita que Álex conquiste a Astor Cup de novo. E o que mais consagra o piloto espanhol apesar dos litígios judiciais é justamente isso: tem uma concorrência forte e é capaz de segurar a todos.