McLaughlin aceita punição da Indy, mas afirma: "Não ganhei nenhuma vantagem"

Indy identificou violação do push-to-pass nos carros da Penske, que causou desclassificação de Josef Newgarden e Scott McLaughlin em St. Pete

Scott McLaughlin se pronunciou pela primeira vez após a desclassificação sofrida no GP de St. Pete. A direção de prova da Indy tirou o terceiro lugar conquistado pelo piloto neozelandês da Penske na prova disputada no dia 10 de março, na Flórida, após identificar que a equipe burlou o sistema de push-to-pass.

Na última quarta-feira (24), a categoria anunciou punição ao trio da Penske na etapa disputada em março pelo fato da equipe violar dois artigos do regulamento: o 14.19.16, que fala especificamente sobre a utilização do sistema de push-to-pass antes da linha de largada e chegada, o que é proibido, e o 14.19.15, que trata do envio de dados do acionamento do ‘push-to-pass’ à central de monitoramento, que abre margem para uma série de especulações acerca do uso do sistema por parte da equipe.

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Vale destacar que a demora na punição ocorreu pelo fato da Indy ter identificado a divergência nos parâmetros do push-to-pass da Penske somente no warm-up do GP de Long Beach, realizado no último domingo (21) e vencido por Scott Dixon, que permitia acionar o sistema antes de cruzar a linha de chegada. Por conta disso, a categoria fez uma varredura nos dados de St. Pete e encontrou mesma condição na etapa da Flórida.

McLaughlin, terceiro colocado em São Petersburgo, e Josef Newgarden, então vencedor da corrida, foram desclassificados por utilizarem o sistema antes da linha de chegada, enquanto Will Power teve 10 tentos retirados da tabela de pontuação, visto que não apertou o botão do push-to-pass antes da demarcação de pista.

Scott McLaughlin rechaça trapaça e fala em erro por desclassificação em St. Pete (Foto: IndyCar)

O neozelandês emitiu comunicado nas redes sociais para rechaçar qualquer intenção em quebrar com as regras da Indy. McLaughlin ressaltou a integridade de todos os membros da Penske, inclusive ele próprio, e que o episódio não passa de um simples erro cometido.

"Primeiramente, tenho orgulho de ser membro da Penske. Estou completamente ao lado de cada um dos meus colegas de equipe. Um erro foi cometido, simplesmente. Tenho o mais alto nível de integridade e é importante proteger ambos — minha própria reputação e a da equipe", declarou.

Scott também afirmou que não sabia da violação do software, e também reiterou que não ganhou vantagem, já que não ultrapassou nenhum piloto enquanto acionava o botão. Apesar de se dizer inocente, também afirmou que aceita a punição.

"Não estava ciente da situação com o software. Por exemplo, usei apenas uma vez, muito breve (1s9), o uso do push-to-pass na saída da curva 9, um lugar muito comum de se usar durante a corrida. Apertei o botão por hábito, mas não ultrapassei ninguém e não obtive nenhuma vantagem. Os dados, que a Indy tem, confirmam todas essas informações. No entanto, aceito a punição, mas quero deixar claro que não ganhei nenhuma vantagem sobre os competidores", seguiu.

Indy retorna para a terceira etapa do campeonato neste final de semana, com o GP do Alabama, que será realizado entre os dias 26 e 28 de abril. O evento no Barber Motorsports Park tem cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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