Pilotos valorizam segurança após acidentes em St. Pete: "Graças a Deus existe aeroscreen"

Corrida deste domingo teve acidentes que testaram a efetividade dos equipamentos de segurança, como o aeroscreen. Pilotos envolvidos no big-one, Castroneves e Pagenaud, elogiaram os avanços da Indy relacionados à segurança

A corrida conturbada em St. Pete no último domingo (5), que abriu a temporada 2023 da Indy, deixou evidente a importância dos avanços tecnológicos relacionados à segurança dos pilotos, especialmente o aeroscreen, lançado em 2020 e que evitou consequências piores a Helio Castroneves e Simon Pagenaud. Os dois pilotos da Meyer Shank elogiaram o dispositivo em entrevista após o incidente deste fim de semana.

Castroneves e Pagenaud estiveram envolvidos em um big-one, logo após a largada em St. Pete. Inicialmente, Felix Rosenqvist e Scott Dixon se tocaram, o sueco perdeu o controle do carro e bateu no muro por mais de uma vez. Com isso, quem vinha atrás precisou diminuir a velocidade, só que Santino Ferrucci não conseguiu frear e acertou a traseira de Helio, que rodou.

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A partir daí o que se viu assustou o público. Devlin DeFrancesco também não conseguiu frear e bateu em Castroneves. Benjamin Pedersen acertou em cheio DeFrancesco e chegou a levantar o carro do canadense. Também no acidente, Sting Ray Robb perdeu o controle e bateu em Pagenaud, que teve a roda dianteira esquerda quebrada e se chocou contra o muro.

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Big-one na largada em St. Pete (Vídeo: Indycar)

Com exceção a Ray Robb, todos os outros tiveram que abandonar a corrida e foram levados à Unidade Médica da Indy. Depois de sair do atendimento, Castroneves deu "graças a Deus que existe o aeroscreen", por diversas vezes.

“Foi um excelente trabalho do AMR Safety Group. É uma pena que eu tive que experimentá-los tão cedo no ano. Eu não tenho ideia do que aconteceu. Fui atingido por trás e vi muitos carros voando. Isso mostra como a segurança nesses carros melhorou, porque foi um grande acidente e ver todos saindo bem é ótimo”, apontou o brasileiro ao site da revista americana RACER.

Pagenaud se disse impressionado com o caminhão médico e os exames realizados. Segundo ele, o “lugar é extremamente bem montado e a atenção da equipe médica foi incrível, então é definitivamente uma grande evolução [da Indy] no cuidado aos pilotos”.

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Simon Pagenaud (Foto: Joe Skibinski / Divulgação - IndyCar Series)

“Isso me fez sentir extremamente bem para o futuro do esporte para nossos atletas. Foi uma grande pancada, mas meu corpo está em boa forma e, definitivamente, eu daria um sinal de positivo para a segurança do carro e o fato de que ele absorve os choques muito bem”, completou o francês, também à RACER.

O big-one da primeira volta não foi o único acidente na etapa realizada em St. Pete. Os equipamentos de segurança foram testados por várias vezes na curva 4 do circuito de rua. Um acontecimento que deixou claro a importância do aeroscreen foi na volta 43, quando Kyle Kirkwood não conseguiu desviar de duas batidas envolvendo Rinus VeeKay e Jack Harvey e voou por cima dos carros.

A vitória em St. Pete foi de Marcus Ericsson, da Ganassi, e o pódio foi completado por Pato O’Ward, da McLaren, e por Scott Dixon, também da Ganassi. A próxima etapa da Indy acontece no dia 2 de abril, no circuito oval do Texas, na cidade de Fort Worth.