Red Bull diz que impacto de punição por teto de gastos “não foi totalmente sentido”

Com uma temporada dos sonhos em 2023, o chefe da Red Bull, Christian Horner, afirmou que o impacto da punição que a equipe sofreu por exceder o teto de custos da Fórmula 1 há dois anos ainda não foi totalmente sentido. O inglês disse que não será possível avaliar o quanto a sanção vai afetar o time austríaco até que o carro de 2024 esteja na pista.

Um ano se passou desde que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) condenou a equipe por exceder o teto orçamentário de 2021 em £1,8 milhão - cerca de R$ 11 milhões na época. Parte da pena incluiu uma redução na margem de desenvolvimento aerodinâmico ao longo de um período que agora expirou.

"Certamente, o impacto total ainda não foi visto, já que isso comprometeu a quantidade de desenvolvimento que pudemos fazer este ano. Felizmente, começamos muito fortes no início do ano e conseguimos aplicar a maior parte desse progresso, desde o começo da temporada, ao carro do próximo ano. Isso tem sido importante", disse o dirigente.

A sanção para a única equipe que excedeu o teto de custos em 2021, ano em que o regulamento foi iniciado, não impediu que a Red Bull dominasse a categoria no período. A equipe venceu 17 das 22 corridas realizadas em 2022 e conquistou o título de construtores com seis etapas de antecedência na temporada de 2023.

Todas as equipes cumpriram o teto de custos em 2022, e Horner disse que a investigação da FIA sobre as finanças de sua equipe foi extremamente minuciosa.

"O processo de verificação do teto de custos está evoluindo. São regulamentos muito complexos que melhoraram e o grau de escrutínio este ano foi incrível, em termos do rigor que a FIA teve. Foi uma colonoscopia completa que experimentamos durante o verão", comparou Horner.

No início deste ano, a entidade que regula os esportes a motor trouxe mais clareza sobre as regras do teto de custos, principalmente relacionadas à distinção entre as atividades de F1 e de fora da categoria que as equipes têm. Vários times, incluindo a Red Bull, têm divisões que trabalham em projetos intimamente relacionados à F1.

"A FIA também está aprendendo do seu lado, e as regras evoluíram. Claro, cada empresa é estruturada de maneira ligeiramente diferente, o que acrescenta complexidade, seja com contas subsidiárias ou como são seus relatórios, por exemplo, isso também tem influência. Portanto, é um conjunto muito complexo de leis e acho que a entidade realmente fez um trabalho bastante decente, pelo que vimos nos últimos 12 meses", finalizou o inglês.

O teto de gastos deve mudar novamente nos próximos anos, já que a F1 afirma que terá de aumentar os valores devido aos custos de desenvolvimento das novas unidades de potência que serão usadas a partir de 2026.

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