FIA rejeita protesto da Red Bull e mantém vitória de Russell no GP do Canadá
A Red Bull alegou que George Russell pilotou de forma errática atrás do safety-car, porém a FIA rejeitou o protesto e manteve a vitória do #63 da Mercedes no Circuito Gilles Villeneuve
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) analisou os depoimentos dos envolvidos e rejeitou o protesto da Red Bull contra George Russell por condução errática atrás do safety-car nas voltas finais do GP do Canadá, realizado neste domingo (15). Com isso, o piloto da Mercedes mantém a vitória.
O lance aconteceu depois da batida entre Lando Norris e Oscar Piastri, a três voltas do fim. Russell vinha ziguezagueando atrás do carro de segurança para manter os pneus aquecidos, assim como Max Verstappen, em segundo. Em determinado momento, o neerlandês joga o carro para o lado e quase alinha com George.
Ele, então, reduz a velocidade, obrigando Max a ter de frear bruscamente para não ultrapassá-lo totalmente. Russell até fala pelo rádio que Verstappen “o ultrapassou sob safety-car”, mas o lance nem sequer foi anotado pelos comissários.
Chefe da Red Bull, Christian Horner assumiu que a decisão de entrar com o protesto foi inteiramente da equipe, até sem que Verstappen soubesse. Foram, ao todo, duas reclamações: uma por condução irregular atrás do safety-car e outro por Russell ter aberto uma distância muito maior para o carro de segurança. No entanto, os taurinos voltaram atrás no segundo caso alguns momentos depois, pois reconheceram que o #63 da Mercedes estava cumprindo outra regra referente ao limite de velocidade sob bandeira amarela.
O momento em que Verstappen quase ultrapassa Russell atrás do safety-car (Vídeo: Reprodução/F1 TV/DAZN)
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De qualquer forma, a FIA chamou os pilotos e demais representantes das equipes à sala dos comissários, que apresentaram as respectivas versões dos fatos. Algumas horas após a bandeira quadriculada ser agitada no Circuito Gilles Villeneuve, a entidade finalmente anunciou que havia recusado o protesto, mantendo, com isso, a vitória de Russell.
Tim Malyon, um dos representantes da entidade que rege o esporte a motor, esteve presente no encontro e explicou que "o incidente havia sido observado pela direção de prova e avaliado como não sendo necessário ser reportado aos comissários". Além disso, afirmou que "freadas periódicas sob o safety-car são típicas e esperadas".
Desta forma, encerrou dizendo que "o controle da corrida sempre permite um certo grau de tolerância em relação à regra da distância de dez carros, reconhecendo que há necessidade de um nível razoável de frenagem e aceleração". Com base nessas informações, a FIA divulgou o veredito sobre o caso.

"Levando em consideração o depoimento de Tim Malyon, aceitamos a explicação do piloto do carro #63 sobre o incidente e estamos convencidos de que o piloto do carro #63 não conduziu de maneira errática ao frear onde e como o fez. Não estamos convencidos de que, ao simplesmente relatar à sua equipe que o carro #1 havia feito uma ultrapassagem, ele tenha cometido conduta antidesportiva", começou.
"Mesmo que o protesto não tenha alegado isso, também estamos convencidos de que, ao frear onde, quando e da forma como o fez, o piloto do carro #63 não cometeu conduta antidesportiva", concluiu a FIA.
A Fórmula 1 retorna de 27 a 29 de junho, na Áustria, 11ª etapa da temporada 2025.