Projetista da Red Bull assume que RB19 “superou nossas expectativas” na F1 2023

Projetista da Red Bull, Adrian Newey explicou que o carro deste ano é uma “evolução detalhada” do antecessor, com melhorias em “muitos detalhes”

Adrian Newey assumiu que a performance do RB19 “superou nossas expectativas”. O projetista da Red Bull destacou que o carro de 2023 é uma evolução do projeto anterior, avançando em características que não deixaram os rubro-taurinos satisfeitos em 2022.

Nas cinco corridas disputadas nesta temporada, a Red Bull saiu vitoriosa de todas: Max Verstappen triunfou no Bahrein, na Austrália e em Miami, enquanto Sergio Pérez levou a melhor na Arábia Saudita e no Azerbaijão.

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Adrian Newey destacou que a Red Bull trabalha para facilitar a troca de ideias entre os engenheiros (Foto: Red Bull Content Pool)

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Assim, o #1 lidera o Mundial de Pilotos com 119 pontos, só 14 a mais do que o colega mexicano. Na disputa entre os construtores, a equipe dos energéticos lidera comanda com 224 pontos, 122 a mais que a Aston Martin, a segunda colocada.

Questionado se a superioridade do RB19 na F1 o surpreendeu, Newey respondeu: “Sim e não. No início da temporada, nas primeiras três corridas, sim, com certeza. Mas você tem de ser pragmático, pois ainda faltam 20 corridas para completar, os outros vão correr atrás e as coisas podem mudar rapidamente na F1. Precisamos apenas seguir pressionando e ver onde estamos no final do ano”.

Já no ano passado, a Red Bull tinha um carro bastante destacado. Tanto é assim que muitas equipes rivais se inspiraram em conceitos do bólido rubro-taurino na hora de desenvolver os projetos para este ano.

“2022 teve uma mudança de regulamento muito importante, a maior desde 1983. Do ponto de vista do chassi e da aerodinâmica, foi uma grande mudança”, considerou. “Devo admitir que, no início, fiquei um pouco decepcionado, mas depois os regulamentos foram revistos sob a pressão das equipes e, quanto mais detalhávamos, mais entendíamos que havia mais liberdade do que pensávamos”, seguiu.

“Isso se traduziu no fato de que, no início do ano passado, os carros eram bastante diferentes uns dos outros, o que é sempre bom para os fãs, que podem identificar os carros não apenas pela pintura, mas também por suas formas”, observou. “Em especial, diria que nós tínhamos um conceito, a Ferrari tinha um conceito ligeiramente diferente, mas também bastante semelhante, e a Mercedes tinha um conceito completamente diferente, chamado zeropod”, lembrou.

“Quando você começa o desenvolvimento, em algum momento precisa decidir a direção que vai seguir. Nós decidimos a nossa, os outros a deles. Você nunca tem certeza de qual tem mais potencial. Você tem uma ideia do que está desenvolvendo graças do túnel de vento e à dinâmica de fluidos computadorizada. Você tenta combinar esses vários elementos e espera que tenha alcançado o pacote mais veloz. Quando você entra nessa estrada, a menos que tenha claros problemas, você tenta seguir nela e, até agora, parece um bom conceito”, avaliou.

Newey explicou, ainda, que o RB19 guarda muitas semelhanças com o antecessor, mas a Red Bull trabalhou para resolver questões que eram limitadoras de desempenho.

“O RB19, em comparação com o RB18 do ano passado, é uma evolução detalhada. Melhoramos em áreas em que não estávamos satisfeitos. O carro ainda estava acima do peso e, mesmo em termos de dirigibilidade, havia alguns aspectos com os quais não estávamos satisfeitos. O carro deste ano, claramente, tem muitos aspectos em comum com o do ano passado, mas melhorou em muitos detalhes”, ressaltou.

Apesar de ser o grande nome da Red Bull, Newey credita ao time o sucesso do projeto e destaca que a estrutura organizacional da empresa ajuda no fluxo de ideias.

“Procuramos manter uma estrutura organizacional horizontal. Claro que, como qualquer organização, também precisamos de um organograma, uma estrutura piramidal, mas, nos departamentos técnicos, nós procuramos incentivar uma estrutura horizontal, onde os engenheiros possam se comunicar entre si. Tentamos minimizar o número de reuniões, que, às vezes, são perda de tempo. Também encorajamos as pessoas a conversarem umas com as outras, não apenas por e-mail, mas talvez até durante um café”, contou. “É importante que todos se informem o máximo possível, continuem dialogando. Também porque é aqui que muitas ideias são geradas. É preciso ter uma cultura em que as pessoas se sintam confiantes ao propor uma ideia, em segui-la. Se, em algum momento, elas não funcionarem e não deixarem o carro mais rápido, é claro que você tem de deixá-las de lado, mas se funcionarem, ótimo”, encerrou.

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