Verstappen e Pérez alertam para dificuldade de ultrapassar na F1 2023: "Peso e downforce"
Max Verstappen e Sergio Pérez comentaram sobre o aumento de peso e downforce nos carros da Fórmula 1 em 2023 e como isso tem afetado o números de ultrapassagem
Sergio Pérez venceu o GP do Azerbaijão e Max Verstappen foi o segundo colocado, mas além do domínio da Red Bull, a prova em Baku, no último domingo (30), ficou marcada pela monotonia. Foram apenas 18 ultrapassagens em pista durante as 51 voltas de corrida, que virou o menor número entre todas as provas disputadas em 2023.
O Azerbaijão não foi a única prova com baixo número de ultrapassagens nesta temporada. O GP do Bahrein, por exemplo, teve 22, enquanto a caótica prova na Austrália contou com 20. Vencedor, Pérez buscou explicar a diminuição nas disputas da Fórmula 1, e afirma que perseguir adversários está mais difícil.
"Sinto que neste ano ficou mais difícil. Os carros estão gerando mais downforce, e quando isso acontece, o carro de trás tem mais dificuldades para perseguir. Na minha opinião, não foi certo encurtar a zona de DRS, porque está mais difícil de ultrapassar do que no ano passado. É algo que deveriam revisar", declarou.
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Verstappen, que é o atual bicampeão mundial e líder da temporada 2023, concordou com o companheiro de equipe e associou as dificuldades com outro fator: o aumento no peso dos carros, que agora pesam 798 kg cada. Max também comparou sobre como é mais difícil fazer coisas diferente com os bólidos atuais do que quando entrou na F1, em 2015.
"Como Checo disse, acho que quanto mais downforce geramos - e isso acontecerá sempre todo ano - se você manter o regulamento, será mais difícil. Por conta do peso dos carros, eles são mais pesados, então em baixa velocidade é difícil de perseguir. Assim que você tiver um pequeno erro com esse peso, vira um grande escorregão, força mais os pneus e eles superaquecem", declarou Max.
"E também, com este novo tipo de carros, você anda com eles de forma super rígida, me lembro de 2015 e 2016, quando você poderia pegar algumas linhas diferentes, passar por uma zebra porque os carros eram bem mais suaves do que os de agora. E você poderia fazer tipos diferentes de técnicas e linhas, mas é muito difícil hoje em dia, porque os carros não permitem mais isso", completou.
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