Verstappen critica aderência de pista do Catar e dispara sobre 3 paradas: "Uma vergonha"
Max Verstappen disse que a falta de aderência do asfalto novo do Catar dificultou o trabalho das equipes em entender o comportamento dos pneus, e isso contribuiu para o caos visto em Lusail
Max Verstappen pode até ter conquistado o tricampeonato no GP do Catar realizado no domingo (8), mas o título não o impediu de fazer críticas abertas à Fórmula 1 pelo final de semana caótico em Lusail por conta dos pneus. E o holandês foi enfático: ver as equipes sendo obrigadas a parar três vezes, no mínimo, numa corrida de 57 voltas foi "uma vergonha".
A situação aconteceu após o treino de sexta-feira. A Pirelli, fornecedora de pneus da categoria, constatou um desgaste perigoso da borracha que poderia comprometer a segurança dos pilotos em caso de stints acima de 20 voltas. Na corrida sprint, como as três intervenções do safety-car impossibilitaram uma análise mais detalhada do quanto os compostos aguentariam, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) decidiu impor um máximo de 18 voltas para cada jogo de pneus novos.
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Para Verstappen, o ponto de partida do problema foi o asfalto recém-recapeado e totalmente sem aderência, que também atrapalhou as equipes de entender melhor o comportamento da borracha. Na opinião do representante da Red Bull, a F1 não deveria ter sido a primeira a estrear as reformas.
"Acho importante que outras categorias venham correr aqui um pouco mais, porque é necessário tirar um pouco do óleo do asfalto quando ele é novo, além de aumentar o traçado de aderência. No momento, ainda é uma linha, mas tá crescendo", avaliou Verstappen. "Da próxima vez que houver uma situação como essa, não acho que a F1 deva ser a primeira a pilotar, pois é um tanto estúpido", disparou.
"No treino livre, os carros estavam deslizando e sem aderência. E acho que isso é algo importante quando se está numa pista em que colocaram um asfalto novo, que ele ao menos funcione um pouco. Ajuda bastante", continuou Max. "Além disso, sobre entender os pneus, como agora. Foi por isso que tivemos essas voltas limitadas. Portanto são pequenas coisas que podem ser aprendidas deste fim de semana como um todo", seguiu.
Sobre os stints com número máximo obrigatório de voltas, forçando as equipes a três paradas para cobrir as 57 voltas, Verstappen foi direto: "Uma vergonha."
Chefe da Red Bull, Christian Horner considerou que a estratégia adotada pela FIA em nome da segurança "talvez não tenha sido a ideal", embora não tenha causado nenhum fator surpresa no final das contas.
"Do ponto de vista da segurança, entendo perfeitamente por que fizeram isso. Estrategicamente, talvez não tenha sido o ideal para a corrida… mas foi uma corrida diferente, que testou os estrategistas de uma forma diferente. A questão é isso tornou tudo muito mais previsível, pois você sabia a duração máxima do stint de cada carro", concluiu o dirigente.
A Fórmula 1 volta daqui a duas semanas, entre os dias 20 e 22 de outubro, em Austin, com o GP dos Estados Unidos, o primeiro da última perna tripla da temporada. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo.