Russell vê régua com McLaren e diz que até "0s1 faz grande diferença" para Mercedes
Atual vice nos Construtores, Mercedes está distante do segundo lugar nesse ano. George Russell acredita que diferença de desempenho é mínima
George Russell acredita que pequenos detalhes teriam feito grande diferença no resultado da Mercedes na temporada 2024. O britânico indicou que progredir 0s1 na classificação pode mudar completamente a performance nas corridas, o que poderia colocar a equipe em condições de brigar mais à frente na Fórmula 1.
No GP do Japão, disputado no início do mês, a Mercedes não teve bom desempenho na classificação. Lewis Hamilton registrou o sétimo tempo, com 1min28s766, e ficou 0s084 atrás de Carlos Sainz, que largou em quarto. Já Russell não conseguiu entrar na casa de 1min28s e, com 1min29s008, partiu na nona colocação — Max Verstappen fez a pole com 1min28s197.
Fora das duas primeiras filas, a Mercedes optou por largar com pneus duros, diferente da maioria dos principais concorrentes, que saíram com compostos médios e macios. Na corrida, Russell conquistou duas posições e chegou em sétimo, logo à frente de Oscar Piastri e Hamilton. O dono do carro #63 cruzou atrás de Fernando Alonso, mas mais de 15s distante do top-5 — Lando Norris foi o quinto.
Em quatro corridas realizadas em 2024, a Mercedes só largou em uma ocasião nas três primeiras filas — o próprio Russell conquistou o terceiro lugar no grid para o GP do Bahrein, única corrida em que o melhor representante do time de Brackley chegou à frente da McLaren, quando o britânico finalizou em quinto, superando Norris.
“Pequenas coisas fazem grande diferença no resultado”, disse Russell. “Achar 0s1 ou 0s2 na classificação pode te dar quatro posições no grid de largada, por exemplo. Assim, não teríamos feito a escolha ousada de começar com duros [no GP do Japão]. Com os dados que nós tínhamos, foi a decisão correta, absolutamente. Mas [a melhora na classificação] faria a corrida ser muito diferente”, completou.
Russell insistiu que a discrepância de desempenho é mínima entre os times, mas reconheceu que algumas escolhas erradas contribuíram para que a Mercedes ficasse um pouco atrás, principalmente nos GPs da Austrália e do Japão.
“A batalha é por uma margem muito pequena. Fomos para o caminho errado nas últimas duas corridas, mas em dois circuitos que nosso carro não se adequa”, admitiu.
Evidentemente, a Mercedes busca soluções para melhorar seu ritmo ao longo da temporada 2024 e Russell apontou que a McLaren tem sido o alvo nessa parte inicial de campeonato. Vice-campeã de Construtores em 2023, a marca alemã está bem distante do segundo lugar — possui 34 pontos, contra 120 da Ferrari. Portanto, nesse cenário, parece mais viável buscar o time de Woking, que está com 69 tentos.
Apesar dos comandados de Zak Brown possuírem mais do que o dobro de pontos, Russell acredita que o GP da China pode ser o palco onde a Mercedes descontará alguns pontos para a concorrente.
“Acho que esse será um teste muito bom para vermos onde estamos em comparação à McLaren, por exemplo. Eles são fortes em curvas de alta velocidade, mas estão fracos nas de baixa velocidade”, pontuou, relembrando que o autódromo de Xangai possui uma grande variação no tipo das curvas.
“Há muito potencial para ser mostrado aqui, mas não acho que otimizamos o acerto e o carro nas últimas corridas. É nisso que estamos trabalhando”, finalizou.
O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP da China, em Xangai, e transmite sprint shootout, classificação e corridas em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Na sexta-feira (19), o treino livre está marcado para a 0h30 (de Brasília GMT-3). Depois, às 4h30, acontece a classificação da sprint. No sábado, a prova curta será meia-noite, com a classificação às 4h. No domingo, a largada está marcada para as 4h.
Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!