Russell critica regra que impede mudar acerto do carro em sprint: "Não funciona desse jeito"

George Russell até entende que o formato atual da corrida sprint é desafiador e traz um atrativo para o público, mas impedir que as equipes busquem o acerto ideal para a corrida curta é um equívoco

Os fins de semana com a corrida sprint passaram por uma importante mudança na temporada 2023 da Fórmula 1, com o sábado totalmente dedicado ao evento, mas George Russell acredita que seria ainda melhor se as equipes pudessem mexer no acerto dos carros após o treino livre 1. O inglês defendeu que apesar do fator desafio, não é assim que funciona em outros esportes.

Desde o Azerbaijão, a corrida curta passou a ter uma classificação própria, também no sábado, realizada pouco antes da prova. Antes, o resultado final da sprint definia o grid de largada para o GP de domingo, porém a mudança deixou o evento independente no final de semana.

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George Russell deu sua opinião sobre o novo formato das corridas sprint (Foto: AFP).

A alteração acabou sacrificando dois dos três treinos livres comumente realizados durante as etapas. As equipes, portanto, ficam com apenas uma sessão na sexta-feira disponível para acertos que serão utilizados ao longo do sábado. Na opinião do piloto da Mercedes, essa é uma questão que precisa ser revista.

"O formato atual pode ser realmente desafiador", começou Russell à imprensa. "Ainda não gosto do fato de você não poder mudar o acerto do carro após o TL1. Acho que cria um fator desconhecido para este esporte que pode ser emocionante, sem dúvida, mas é como dar a raquete a um tenista uma hora antes da final de Wimbledon e simplesmente dizer: 'É o que você tem, aceite e vá em frente'. E sem nenhum treinamento prévio", comparou.

"Não é desse jeito que funciona em outros esportes. Entendo a razão de ser assim, mas seria bom poder fazer algumas mudanças em algum momento do fim de semana", salientou.

De férias, aproveitando a pausa da F1 até o GP da Holanda, no final do mês de agosto, o #63 da Mercedes ainda defendeu que os funcionários nas fábricas também mereciam uma pausa para descansar não só no mesmo período, como também no inverno europeu. Embora os pilotos estejam descansando, o trabalho segue intenso nas fábricas.

"A pausa faz você se recuperar totalmente, mas também traz ideias novas sobre como melhorar. Fico feliz em ver que temos isso como esporte. E acho que também precisa ser falado para o inverno. Claro que é mais sobre os engenheiros e designers na fábrica. A F1 é um esporte brutal e incrivelmente tenso. Acho que seria bom acrescentar isso", finalizou.