FIA absolve presidente por interferência em Las Vegas e manipulação de resultado
O Departamento de Compliance da FIA concluiu que Mohammed Ben Sulayem era inocente nas duas investigações pelas quais o presidente da entidade foi submetido nas últimas semanas: suposta manipulação de resultado ao tentar reverter punição de Fernando Alonso no GP da Arábia Saudita de 2023 e tentativa de barrar o aval para a pista de Las Vegas receber a F1
Mohammed Ben Sulayem escapou ileso das duas investigações pelas quais foi submetido nas últimas semanas. Nesta quarta-feira (20), a FIA — Federação Internacional de Automobilismo — informou em comunicado que o presidente da entidade foi absolvido de suposta participação ao tentar reverter punição de Fernando Alonso no GP da Arábia Saudita de 2023 e tentativa de barrar a aprovação do circuito de Las Vegas, também no ano passado.
A primeira denúncia das duas que foram investigadas de forma conjunta contra Ben Sulayem foi sobre manipulação de resultados. O dirigente foi acusado de ter tentado reverter uma punição de 5s dada ao espanhol da Aston Martin. O piloto foi punido em 5s por alinhar o carro fora do colchete na largada. Ao pagar a punição durante um pit-stop, recebeu uma nova sanção, de 10s, pelo entendimento de que a equipe tocou no carro para reparos antes do tempo total da punição anterior ser cumprido. A punição foi revertida e Alonso retomou o pódio dias depois.
A segunda denúncia investigada foi a respeito do GP de Las Vegas, novidade do calendário da categoria no ano passado. Ali, Ben Sulayem foi acusado de ter tentado barrar o processo de aprovação do circuito urbano americano.
A FIA, então, informou que não encontrou evidências suficientes para condenar o presidente da entidade que, segundo o comunicado oficial, cooperou ativamente com as investigações realizadas pelo compliance interno e consultoria externa.
![](https://www.grandepremio.com.br/wp-content/uploads/2024/01/SI202201150131_hires_jpeg_24bit_rgb-1024x683.jpg)
"O Comitê de Ética foi unânime na determinação de que não havia evidências para fundamentar as alegações de interferência de nenhum tipo. As preocupações sobre uma possível interferência foram levadas à atenção do Departamento de Compliance da FIA e transferidas para o Comitê de Ética da FIA sob o Artigo 32.2.5 do Estatuto. Depois, foi concluída uma revisão robusta, independente e abrangente de 30 dias, que incluiu entrevistas com 11 testemunhas. As alegações sobre o presidente da FIA eram sem substância, e fortes evidências foram apresentadas para apoiar a determinação do Comitê de Ética da FIA. O presidente da FIA foi absolvido de qualquer conduta errada em relação às seguintes alegações: interferência na decisão dos comissários de reverter uma punição adicional no carro #14, depois de uma apelação da Aston Martin no GP da Arábia Saudita de 2023, e tentativa de interferir no processo de certificação de pista no GP de Las Vegas de 2023. A certificação foi completada e aprovada no tempo correto. A completa cooperação, transparência e compliance do presidente ao longo de todo o processo de investigação foi muito apreciada", informou a entidade em comunicado.
Uma relação curiosa sobre o possível benefício a Fernando Alonso era com a Aramco. A petrolífera saudita é a principal patrocinadora da Aston Martin, além de ser uma das principais parceiras comerciais da Fórmula 1. Com o pódio de Alonso em Jedá, viu um piloto 'de casa' no top-3.
Já no caso de Las Vegas, as denúncias giraram em torno da queda de braço entre FIA e F1, já que a corrida era a menina dos olhos do Liberty Media, grupo que hoje controla a maior das categorias do esporte a motor mundial.
A Fórmula 1 volta entre os dias 22 e 24 de março com o GP da Austrália, terceira etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do fim de semana.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!