Ex-presidente critica e diz que Ferrari "tem de ser protagonista e não figurante" na F1

Luca di Montezemolo afirmou que a Ferrari deveria estar no centro das atenções da F1 e que questões internas impedem a evolução do time italiano

A falta de um desempenho consistentemente competitivo e o hiato de títulos não preocupam só os torcedores da Ferrari. O icônico ex-presidente da equipe, Luca di Montezemolo, também está desapontado com a ausência de progresso da escuderia na Fórmula 1, alegando que o time italiano, diante da história que possui, tem de sempre atuar como protagonista.

Montezemolo foi um dos líderes da era de domínio da equipe de Maranello e de Michael Schumacher na F1 no início dos anos 2000. O italiano, que ocupou diversas posições na Ferrari, deixou seu cargo de CEO após a temporada de 2014, mas segue acompanhando o desenvolvimento do time.

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"Como fã, sonho com uma Ferrari que pode não vencer sempre, mas que luta pelo título até a última corrida. Como aconteceu em 1997, 1998, 1999, 2008, 2010 e 2012. Você pode perder, mas como protagonista, não como figurante", disse ex-presidente da Ferrari ao site italiano Quotidiano Nazionale.

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Segundo o ex-dirigente, o problema da equipe não são os pilotos e que Leclerc deve seguir (Foto: AFP)

A Ferrari venceu o Mundial de Construtores pela última vez em 2008, enquanto Kimi Räikkönen permanece como o último piloto a conquitar um título mundial pela equipe italiana, em 2007. 

A escuderia ameaçou desafiar a Red Bull no ano passado, mas viu sua busca pelo título desmoronar de forma espetacular antes do meio da temporada, abrindo caminho para Max Verstappen e o time austríaco. Em 2023, o desempenho é ainda pior.

O ex-dirigente italiano acredita que a Ferrari precisa manter Charles Leclerc o máximo possível e entende que o problema de Maranello não são seus pilotos. "Charles é bom e não acredito que existam pilotos melhores do que ele disponíveis. Mas, no momento, quem pilota o carro vermelho é o menor dos problemas. Como presidente, montei um time dos sonhos que deu muito certo, de Schumacher a [Jean] Todt, de [Ross] Brawn a [Rory] Byrne", completou Montezemolo.

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