Chefes da F1 pedem atenção com novas montadoras: "Precisamos do produto certo"

Os chefes das equipes da Fórmula 1 veem com bons olhos a chegada de novos fabricantes a partir de 2023, mas também dizem que a categoria precisa ter bastante atenção

A Fórmula 1 já confirmou seis fabricantes homologadas de 2026 a 2030. São elas: Ferrari, Alpine, Mercedes, Audi, Red Bull Ford e Honda.F1 passará por mais uma grande mudança, com a chegada dos motores com tecnologia sustentável. As unidades de potência serão mais eficientes do que são hoje, devido ao aumento da energia elétrica.

E a chegada de novas marcas é uma excelente notícia para Christian Horner. O chefe dos taurinos acredita que vai ser importante já que, por mais que seja positivo, é caro abastecer equipes clientes, sobretudo com um teto orçamentário cada vez mais baixo.

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“Pelo que vemos agora, não há dinheiro em fornecer motores a equipes de clientes, não é um negócio lucrativo. Portanto, ter tantos fabricantes entrando no esporte é ótimo para a Fórmula 1", disse ele. "É um período tranquilo para o esporte e ter fabricantes querendo se envolver é um testemunho da força que o esporte possui atualmente", seguiu.

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Audi confirmou em outubro que entra na F1 em 2026. (Foto: FIA)

“Só temos de garantir que, para 2026, tenhamos o produto certo porque, trazendo esses recém-chegados e assim por diante, temos de garantir que os regulamentos do motor e do chassi se casem, que o produto não seja comprometido ou não prejudique o tipo de corrida que vimos esses carros começando a alcançar", apontou.

Ainda que mais montadoras estejam no grid a partir de 2026, é verdade que as veteranas provavelmente irão fornecer equipamento para boa parte dos demais times. E essa é a preocupação de Fréderic Vasseur e Andrea Stella. Os dirigentes da Ferrari e McLaren levantaram que a categoria e a FIA terão de estar bem atentas quanto a isso.

“Não sei se as montadoras estarão prontas para fornecer mais de uma equipe porque já é um grande desafio fazer uma equipe quando você está entrando na Fórmula 1. Não tenho certeza se eles estarão prontos para fazer isso, isso significa que teremos de chegar a um acordo, mas tudo ficará bem", colocou Vasseur.

“Isso exigirá ainda mais uma ação coordenada da Fórmula 1 e da FIA. Acho que é ótimo para a Fórmula 1 e ainda há algum trabalho a ser feito nos regulamentos de 2026, mas, no geral, é uma grande oportunidade", encerrou Stella.

A Fórmula 1 volta no próximo fim de semana, com a segunda corrida do campeonato. O GP da Arábia Saudita acontece no circuito de Jedá, dos dias 17 a 19 de março.