Quando terminam os contratos de todos os pilotos do grid da Fórmula 1 2023

Muito se fala da abertura do mercado de pilotos da Fórmula 1 e de quanta gente pode mudar de casa nos próximos dois anos. Então é hora de avaliar a extensão dos contratos

O mercado de pilotos para a temporada 2024 da Fórmula 1 não está, assim, tão aquecido. Enquanto isso, muito se fala sobre as possibilidades diversas de trocas para 2025. Mas o que pouco se fala é de quando terminam os contratos atuais dos pilotos. É o que faremos aqui.

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2023

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Ao todo, sete pilotos estão no último ano de contrato e não contam com futuro certo ainda na Fórmula 1 a partir da temporada 2024. É o caso de Lewis Hamilton, por exemplo. O heptacampeão sabidamente conversa com a Mercedes por renovação, com a equipe dizendo fazer "todo o possível" para manter Lewis, mas, por enquanto, nada de caneta no papel. Hamilton está na Mercedes desde 2013.

Duas equipes contam com seus dois pilotos com contrato somente até o fim do ano. É o caso da Haas, com Nico Hülkenberg e Kevin Magnussen, e da AlphaTauri, com Yuki Tsunoda e Daniel Ricciardo. No caso da Haas, as conversas para renovar com Hülkenberg estão avançadas, ao passo que manter Magnussen também está nos planos. Já na equipe italiana, incerteza. Ricciardo substituiu Nyck de Vries e se apruma num coletivo a pronto para voltar a equipes maiores no futuro. Já Tsunoda tem destino desconhecido, com falta de clareza sobre quais os planos da marca dos energéticos consigo.

Além destes, outros dois pilotos estão no último ano do acordo. Um é Guanyu Zhou, que estreou no grid da F1 na temporada passada e não vive jornada tão inspiradora na categoria. Mesmo assim, pede decisão rápida da Alfa Romeo que, por sua vez, indicou vontade de manter o piloto por mais um ano. O outro é Logan Sargeant, novato na F1 e que chegou apenas com um campeonato no contrato com a Williams. Há algumas semanas, a informação de que a equipe conversou com Álex Palou para tentar entender qual a situação do espanhol na Indy mostrou que o futuro de Sargeant é uma incógnita.

Lewis Hamilton conversa com a Mercedes para renovar (Foto: Mercedes)

2024

Metade do grid da Fórmula 1 tem acordos que expiram no fim da temporada que vem, 2024. Como Sergio Pérez, por exemplo, atualmente muito questionado na Red Bull, apesar das duas vitórias e da vice-liderança do campeonato. A Red Bull não indica vontade de permanecer ou trocar o mexicano.

George Russell, na Mercedes, e Oscar Piastri, na McLaren, vivem situação parecida. Apesar da esperada loucura do mercado para 2025, os dois parecem ter lugar garantido nas equipes que atualmente defendem. A não ser, claro, que recebam interesse de outros times e fiquei intrigados. Mas é difícil imaginar que não terão os acordos renovados.

Na Ferrari, Charles Leclerc e Carlos Sainz ambos veem os contratos chegando ao fim em 2024. Quanto ao futuro dos dois, a dúvida é que caminho a Ferrari pretende seguir, já que a chefia que contratou ambos saiu de cena. Desde que chegou, Frédéric Vasseur efetuou diversas mudanças e prometeu outras mais. Os dois garantem que tratam a Ferrari como prioridade absoluta, mas a dupla tem outras opções. Leclerc verá chover propostas se for ao mercado, enquanto Sainz interessa ao projeto da Audi — que estreia na F1 em 2026.

Alonso continua na F1 aos 44 anos? (Foto: Aston Martin)

A Alpine está em situação parecida à Ferrari, uma vez que sua dupla de pilotos, formada por Esteban Ocon e Pierre Gasly, agora tem de saber qual a resposta da nova gerência da reformulada. Ocon já está há mais tempo na casa, desde 2020, enquanto Gasly acabou de chegar.

Fernando Alonso é mais um que vê o contrato terminar no ano que vem. O bicampeão mundial viveu período de lua de mel no começo dele na Aston Martin. Em condições normais, seria fácil dizer que Alonso é certamente nome para continuar, só que o espanhol terá 43 anos de idade ao fim do contrato. O destino é mais difícil de prever para alguém tão veterano, mas não dá para saber se o próprio piloto terá desejo de permanecer. Mas, visto o rendimento de 2023, é difícil acreditar na aposentadoria ou demissão de Alonso.

Por fim, Valtteri Bottas, na Alfa Romeo, e Alex Albon, na Williams, são os últimos nomes. A Alfa Romeo deixará de ter esse nome no ano que vem, conforme a Sauber segue em frente com nome próprio preparando para o acordo com a Audi, em 2026, enquanto a Alfa Romeo vai buscar parceria com a Haas. Mas isso pouco tem a ver com os planos para os pilotos nos próximos dois anos. Só que Bottas não vive uma temporada daquelas que se imaginou quando assinou com o time. Salvo a primeira metade de 2022, quando, aí, sim, Valtteri atendeu e até superou expectativas. Já Albon é um nome quente no mercado para 2025 e provavelmente terá na Williams apenas uma de muitas opções.

Lance Stroll e o contrato 'infinito' (Foto: Aston Martin)

Pós-2024

Quem assinou um contrato de longa duração com a McLaren foi Lando Norris, que vai com os ingleses até o fim de 2025. Apesar de dizer reiteradamente que não considera um erro ter assinado o acordo tão longo e que está feliz na McLaren, segue tratado como um nome desejado para aberturas de equipes com carros vencedores.

O bicampeão mundial — que logo irá sacramentar o tri — Max Verstappen tem contrato com a Red Bull até 2028. É muito difícil projetar qualquer coisa para tão distante assim, mas Verstappen e a Red Bull olham para a próxima meia década com ganas de escrever história.

Por fim, Lance Stroll. Filho do chefão da Aston Martin, Lance sequer tem vencimento de contrato. Ao menos oficialmente, fica até quiser. Ou até que o mundo mude bastante.

A Fórmula 1 entrou de férias e retorna somente no fim de agosto, entre os dias 25 e 27, com o GP da Holanda, em Zandvoort, 12ª etapa da temporada 2023. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo.

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