Yamaha minimiza, mas busca explicação para performance de novo motor: “Não rendeu”

Chefe da Yamaha, Massimo Meregalli afirmou que não é hora de entrar em desespero após Fabio Quartararo mostrar insatisfação com o motor testado em Valência. O dirigente reconheceu que a performance ficou abaixo da expectativa, mas considerou que alguma falha aconteceu, já que o mesmo propulsor havia sido testado anteriormente com sucesso.

Depois do teste da MotoGP em Misano, Quartararo se mostrou satisfeito com o passo dado pela Yamaha em termos de potência, mas, em Valência, o mesmo não aconteceu. O francês se disse desapontado, já que exibiu a mesma velocidade máxima do GP da Comunidade Valenciana, última corrida de 2022.

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Meregalli reconheceu que a Yamaha esperava mais do teste coletivo no circuito Ricardo Tormo, mas avaliou que é preciso analisar o que aconteceu.

“Esperávamos mais velocidade máxima no motor”, assumiu Meregalli em entrevista ao site da MotoGP. “Sinceramente, não entendemos, já que sabíamos o que estávamos trazendo. Vamos analisar, porque não há uma explicação para o rendimento não ser o que esperávamos”, frisou.

O dirigente lembrou que Cal Crutchlow, piloto de testes da marca, tinha provado o mesmo propulsor em Jerez de la Frontera pouco antes da atividade valenciana e feito uma avaliação positiva.

“A mesma especificação foi testada em Jerez na semana anterior por Cal e ele mesmo me disse: ‘O motor empurra, talvez seja um pouco agressivo’”, contou. “Então talvez algo tenha corrido mal. Infelizmente, só tivemos um dia e não é suficiente para analisarmos. O dia foi longo e checamos pouco a pouco, mas também tínhamos de olhar para outras áreas: o conjunto aerodinâmico, o chassi… Tínhamos de aproveitar ao máximo este último dia de teste”, frisou.

De acordo com Maio, a Yamaha fará uma última avaliação no motor em 2022 antes do teste de fevereiro, em Sepang.

“O primeiro ponto será olhar esse motor, no campo de testes. Ainda temos um dia de testes no Japão, com nosso piloto de testes japonês antes do Natal. Sabendo o rendimento que já tivemos com este motor anteriormente, não estamos preocupados”, frisou. “Claro que faltou algo, mas esperamos entender a razão”, defendeu.

Apesar do problema sentido em Valência, Meregalli se mostrou confiante no potencial do motor, já que nos outros testes, o componente tinha se mostrado um avanço.

“Algo foi mal, porque este motor já tinha sido testado em Misano e em Barcelona, já começamos com ele em Barcelona, depois em Misano, Motegi e Jerez. Só precisamos entender porque ele não rendeu em Valência como nós esperávamos, principalmente porque, em relação a Misano, foi ligeiramente atualizado”, indicou. “Assim, não é hora de ficarmos preocupados ou decepcionados. Claro que estamos porque não vimos [o que queríamos], mas tenho certeza que existe uma razão. Tenho 85% de certeza que este será o motor que utilizaremos na próxima temporada. Vamos deixar que nossos engenheiros japoneses compreendam tudo”, encerrou.