Martín sacode poeira e tenta volta por cima com comando da MotoGP no dia 1 na Tailândia

Depois de um erro retumbante no GP da Austrália, Jorge Martín abriu o fim de semana na Tailândia mostrando força. Espanhol da Pramac precisa de reação imediata após Francesco Bagnaia abrir 27 pontos de vantagem no Mundial de Pilotos

Jorge Martín sacudiu a poeira e já está armando uma volta por cima na MotoGP. Depois de um erro retumbante no GP da Austrália, o espanhol da Pramac surgiu recomposto no primeiro dia de treinos para o GP da Tailândia e fechou a sexta-feira (27) no topo da tabela de tempos. Mesmo com uma queda.

Na semana passada, Martín esteve a uma volta de vencer o GP da Austrália, mas acabou caindo para quinto no intervalo de alguns metros após acompanhar Marc Márquez e Pol Espargaró na escolha pelo pneu traseiro macio. Assim, junto com o segundo lugar de Francesco Bagnaia, viu o campeão vigente abrir 27 pontos de frente na classificação.

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Assim, o piloto de Madri chegou em Buriram mirando uma reação. Na tarde desta sexta-feira (27), Martín completou a melhor de 22 voltas em 1min29s826 e assegurou a melhor marca do dia com 0s098 de margem para Maverick Viñales, o segundo colocado.

O dia, contudo, não passou sem problemas. Logo após cravar o melhor tempo, Jorge perdeu a frente da Desmosedici e caiu na curva 3, mas evitou lesões maiores. O titular da Pramac, contudo, garante que não estava no limite no momento da queda.

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Jorge Martín mostrou força no primeiro dia em Buriram (Foto: Divulgação/MotoGP)

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“Queria melhorar, pois nunca se sabe se você está dentro ou fora [do top-10]”, disse Martín. “Aqui nós estamos muito próximos. Chequei os dados e freei um pouco mais cedo, então estava chegando mais lento”, contou.

“Acho que talvez tenha uma ondulação aí. Preciso entender amanhã na pista para evitar repetir a mesma coisa. Mas eu não estava no limite”, garantiu.

O segundo colocado na classificação do campeonato destacou, também, que conseguiu um ritmo muito forte com pneus usados.

“Liderei as duas sessões e, com pneus novos, é fácil”, disparou. “Mas, de tarde, fui realmente competitivo com pneus usados e todos estavam com pneus novos. Ainda estava no top-5, top-6, então isso é realmente bom para amanhã e domingo”, avaliou.

“É uma pista onde os dois pneus, dianteiro e traseiro, caem bastante. Será difícil entender para domingo. Mas é a mesma coisa para todo mundo”, minimizou.

Passado o primeiro dia de trabalho em Buriram, Martín assumiu que se sente mais confiante para a corrida sprint.

“Me sinto mais pronto para a sprint do que para domingo”, admitiu. “Acho que domingo será uma corrida realmente longa. Depois de Phillip Island, não é fácil vir para cá e ver que os pneus estão desgastando muito. Tomara que a gente faça a escolha certa”, torceu.

Campeão vigente e líder do campeonato, Bagnaia fechou a sexta com o sétimo melhor tempo. O #1 cravou 1min30s069 na melhor de 23 voltas e ficou a 0s243 do rival pelo título.

Depois de dois GPs em que teve de passar pelo Q1, a primeira fase da classificação, Pecco mostrou alívio em avançar direto para o Q2 no traçado de Chang.

“Finalmente. Finalmente, mas não só isso. É o feeling. Pude frear forte, isso é muito bom”, comemorou Bagnaia. “Senti falta desta sensação de frear forte na dianteira e a moto me acompanhar. Estou muito feliz”, destacou.

O italiano explicou, porém, que não ficou satisfeito com toda a sessão vespertina, mas conseguiu recuperar as boas sensações da manhã ao buscar tempo nos minutos finais.

“Infelizmente, na primeira metade do treino não senti o mesmo que de manhã. O feeling com o pneu traseiro, com primeiro médio, não foi o melhor. Tive algum problema de aderência do lado direito”, contou. “’Mas, quando mudamos para o tempo de ataque, as sensações foram boas de novo’, detalhou.

O pupilo de Valentino Rossi explicou que chegou à Buriram com dois acertos já preparados.

“Hoje nós tínhamos dois acertos completamente diferentes: um que seguia o de Phillip Island e outro da Áustria, ou seja, pistas com freadas fortes. No fim, voltamos para o segundo e me senti muito melhor”, apontou.

Francesco apontou a Aprilia como uma candidata forte para o GP da Tailândia. A casa de Noale fechou o dia com Viñales em segundo e Aleix Espargaró em terceiro, 0s160 atrás do líder.

“Acho que a Aprilia será muito competitivo neste circuito, com a aderência que eles têm e com o pneu que temos. Para nós, um top-3 na classificação seria bom, mas podemos lutar pela pole”, garantiu. “Depois de Barcelona, é muito difícil prever quem é o mais rápido na sexta-feira. Nós temos estratégias diferentes durante as sessões. Mas acho que a Aprilia é competitiva e a KTM também. Se conseguirmos melhorar um pouquinho mais na entrada das curvas, podemos ser ainda mais rápidos”, considerou.

“Pela forma como o dia correu, peelo ritmo que consegui manter, pode ser uma corrida em que estaremos na luta. Jorge tinha uma estratégia diferente com os pneus hoje, mas nosso ritmo foi muito parecido”, concluiu.

Vale destacar, porém, que o dia em Buriram foi extremamente competitivo: o top-10 ficou coberto por só 0s304, mas 18 pilotos ficaram separados por só 0s541. Enea Bastianini, Takaaki Nakagami e Miguel Oliveira foram os únicos a mais de 1s do líder.

MotoGP volta a acelerar neste sábado (28), a partir de 0h50 (de Brasília), com a classificação do GP da Tailândia, no circuito de Buriram. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade.