Zarco alcança 1ª vitória na MotoGP em GP da Austrália eletrizante. Bagnaia bate Martín

O GP da Austrália comprovou que sempre entrega grandes espetáculos. Hoje, não foi diferente. Em um final de tirar o fôlego, Johann Zarco tomou a liderança do companheiro na última volta e venceu pela primeira vez na MotoGP depois de anos amargando um ingrato jejum.

Em uma prova discreta, Francesco Bagnaia parecia cada vez mais enroscado na briga pelo título e chegou a cair para o quinto lugar, mas as últimas voltas foram amigáveis e ainda terminou na segunda posição, ampliando a vantagem na liderança do campeonato.

O pódio ainda ficou completo com Fabio Di Giannantonio. Sem vaga para o próximo ano, o italiano foi capaz de brigar entre pilotos veteranos e salvou um pódio no último giro, ao superar dois rivais.

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A largada da corrida sprint do GP da Austrália de MotoGP, em Phillip Island, está marcada para às 23h de sábado (de Brasília). A realização da disputa, porém, depende do clima. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade.

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Saiba como foi o GP da Austrália de MotoGP:

Por conta da previsão de ventos fortes para domingo, a MotoGP alterou a programação deste fim de semana e antecipou para sábado a realização da corrida longa. A sprint foi transferida para o domingo, mas a realização da disputa depende das condições da meteorologia.

Apesar do céu bastante nublado, a MotoGP encontrou pista seca em Phillip Island para a largada. Quando os pilotos partiram para o grid, a temperatura era de 18°C, com o asfalto chegando a 34°C. A umidade relativa do ar estava na casa de 68%, com ventos de 13 km/h.

Para este fim de semana, a Michelin levou para a Austrália pneus dianteiros macios, médios e duros. Na traseira, os pilotos podiam optar entre macios e médios, todos assimétricos, com a borracha mais dura do lado esquerdo.

E a escolha de calçados foi variada. Para a traseira, a maioria optou pelo médio, exceto Martín, Bezzecchi e Pol Espargaró, que foram de macios. Na dianteira, a maioria colocou médios, com exceção de Viñales, as duas Ducati, Martín, Marc Márquez, as KTM e as GasGas, que foram de duros.

Antes da largada, contudo, quase todo mundo colocou o duro na frente, exceto Raúl Fernández, Joan Mir e Franco Morbidelli, que ficaram de médio. Na traseira, só Martín, Marc Márquez e Pol ficaram com o macio.

Na hora da largada para as 27 voltas em Phillip Island, o pole-position Jorge Martín saiu bem e manteve a ponta, resistindo à pressão de Binder na curva 1. Bagnaia ficou em terceiro, com Miller saltando para quarto, diante de Di Giannantonio e Marc Márquez. Fabio Quartararo despencou para último.

Ainda na primeira volta, Miller passou Bagnaia por dentro e tomou a terceira colocação. Metros depois, o #1 deu o troco e voltou provisoriamente ao pódio.

Ao fim da primeira volta, Martín e Binder descolaram do pelotão, com o espanhol tentando escapar do sul-africano. Atrás, Di Giannantonio se instalou em quarto e passou a pressionar Pecco. Marc Márquez era quinto, diante de Zarco e Miller.

Antes de abrir o terceiro giro, Di Giannantonio passou Bagnaia pelo terceiro posto, com Zarco surgindo em seguida para pressionar o campeão vigente.

Passadas as quatro primeiras voltas, Martín já beirava 1s de margem para Binder. Di Giannantonio vinha afastado do piloto da KTM, mas também com 0s7 de margem para Bagnaia, que ia pressionado por um pelotão de sete pilotos.

Sem conseguir atacar, Zarco foi atacado e perdeu a quinta colocação para Marc Márquez.

Na ponta, a vantagem de Martín só fazia aumentar. Com 22 voltas ainda pela frente, o espanhol já tinha 1s6 de diferença para Binder.

Na volta 6, Zarco deu o troco em Márquez e assumiu a pressão em cima de Bagnaia, que não fazia qualquer menção em avançar. Atrás dele, o duelo seguia. Marc voltou a tomar o quinto lugar, mas o troco francês veio no ritmo forte da Ducati.

Na reta principal, a Gresini já tinha preparado um calmante para Di Giannantonio. O pit-board do italiano exibia a palavra: ‘RESPIRA’. O #49, que não tem vaga para 2024, brigava pelo primeiro pódio da carreira na MotoGP.

Firme e forte, Martín seguiu abrindo. Na volta 9, o piloto da Pramac vinha 2s4 à frente de Binder, que, por sua vez, vinha 1s2 diante de Di Giannantonio. Pressionado, Pecco até deu uma cortada na margem do conterrâneo da Gresini, mas não encostou mais do que 1s1.

Na volta 11, Joan Mir caiu na curva 4 após um incidente com Luca Marini, mas escapou de lesões e correu para pegar a moto e voltar para a pista. O ex-Suzuki, porém, desceu para a última colocação.

Lá na ponta, Bagnaia tinha baixado para menos de 1s a diferença em relação a Di Giannantonio. O #1, aliás, forçou ainda mais e chegou a 0s6.

Miller, aliás, também avançou. Correndo em casa, o #43 passou Márquez e seguiu para tomar a sexta colocação de Aleix Espargaró.

Com 14 giros para o fim, Augusto Fernández caiu também na curva 4, batizada em homenagem a Jack Miller, e abandonou a corrida.

Pressionado por Bagnaia, Di Giannantonio foi chegando em Binder. Com 14 giros ainda pela frente, o #49 tinha 0s5 de atraso para a segunda colocação e 0s5 de vantagem em relação a Pecco.

Mais atrás, Álex Márquez passou o irmão mais velho e foi para cima de Aleix, que conseguiu segurar.

Na melhor apresentação da carreira, Di Giannantonio chegou em Binder ainda com 13 voltas pela frente. A diferença em relação a Bagnaia tinha subido para 0s9.

Se não tinha alcançado Fabio, Bagnaia tampouco tinha se livrado de Zarco. O francês fez uma primeira tentativa de ultrapassagem, mas foi contido.

Com só dez voltas para o fim do GP da Austrália, Di Giannantonio grudou de vez em Binder, mas ainda não achou ponto para ultrapassar. Na curva 4, o italiano ensaiou uma manobra, mas encontrou a porta trancada. Na reta, Fabio colocou de lado e passou, tomando o segundo posto.

O titular da Gresini deu uma ligeira afastada, mas Brad não entregou os pontos e seguiu na pressão. Atrás, Bagnaia voltava a diminuir a diferença para brigar pelo pódio.

Nas 21ª das 27 voltas previstas, Martín tinha 2s7 de margem para di Giannantonio, que vinha 0s2 diante de Binder.