Miller pede melhora da KTM e explica: “Ou faço dieta de alface ou encontramos potência”

Jack Miller apresentou alternativas para ser competitivo com a KTM: uma dieta a base de alface ou mais potência na RC16. O australiano saiu do GP da Tailândia de domingo (29) decepcionado com o 16º lugar.

Enquanto Brad Binder brigou pela vitória, Miller teve uma corrida apagada e recebeu a bandeirada com 17s640 de atraso para Jorge Martín, o vencedor. O pai da pequena Pip contou que sofre sempre que a Michelin usar uma carcaça mais resistente nos pneus.

“Foi uma longa corrida. Dei, basicamente, tudo que podia. Sofri todo o fim de semana nas curvas 1 e 3. O setor intermediário estava ok”, disse Miller. “Só fui realmente lento no último setor. A moto não parecia terrível, mas toda vez que usamos essa carcaça [o pneu], eu sofro”, indicou.

Jack contou que sofreu para se aproximar de Yamaha, que faz um ano difícil e ocupa a lanterna do Mundial de Construtores. Assim, o #43 apresentou opções extremas.

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“Não consigo encontrar uma maneira de fazer funcionar. Não era assim antes. É um momento em que estamos coçando a cabeça [em busca de soluções]”, indicou. “Me falta um pouco de velocidade máxima. Não conseguia me aproximar de uma Yamaha”, comentou.

“Ou entro em uma dieta de alface essa semana ou encontramos potência! Um pouco dos dois seria bom”, declarou.

Por causa do resultado de Binder, que recebeu a bandeirada em segundo, mas foi rebaixado para o terceiro lugar por causa de uma saída de pista na última volta, Jack avalia que a moto está funcionando, mas o lado dele da garagem precisa de soluções.

“Não cometi nenhum erro. Consegui ficar com os caras um pouco, mas perdi a velocidade quando os pneus desgastaram”, apontou. “Foi um fim de semana decepcionante, não é o resultado que queríamos. Claramente, a moto está funcionando bem com o resultado do Brad. Nós precisamos trabalhar mais duro”, admitiu.

Questionado sobre qual foi o ponto forte de Binder em Buriram, Miller respondeu: “O setor 1. Ele foi rápido ali em todo o fim de semana, 0s2 mais rápido do que todo mundo. E até no segundo setor”.

“Tentei todas as alternativas. Mas mudar a minha linha, tentar um estilo diferente, levantar a moto, algo que não estava funcionando com a borracha mais fina. Tentei ângulo de inclinação, marchas mais curtas. Tentei tudo que podia. Temos algum trabalho a fazer”, frisou. “Estou desapontado. Os rapazes estão trabalhando duro, então não pontuar é decepcionante”, completou.

A MotoGP volta a acelerar ainda no final de semana do dia 12 de novembro, com o GP da Malásia, no circuito de Sepang. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade.