Quartararo reconhece que vive "pior momento na MotoGP" e mira top-10 na Alemanha

Há um ano, Fabio Quartararo não sabe o que é vencer na MotoGP, e o piloto da Yamaha reconheceu que vive a sua pior fase na categoria, lutando com o desempenho dos pneus para se colocar entre os dez primeiros nas classificações

A MotoGP chega neste fim de semana ao palco da última vitória de Fabio Quartararo na categoria, o GP da Alemanha, mas a realidade atual é completamente diferente da vista há um ano. Se a vitória em Sachsenring em 2022 deixou o francês com uma vantagem considerável e que o permitiu chegar até a última etapa com chances de título, o #20 reconheceu que vive agora "o seu pior momento" na classe rainha.

No ano passado, o representante da Yamaha deixou a Alemanha com 91 pontos de vantagem sobre Francesco Bagnaia, diferença que obrigou Pecco a uma recuperação surpreendente para terminar a temporada com o seu primeiro título na MotoGP. Hoje, Quartararo é apenas o oitavo colocado com 54 tentos — 77 a menos que o #1 da Ducati.

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Fabio Quartararo tem como melhor resultado este ano um terceiro lugar (Foto: Yamaha)

'El Diablo' foi questionado na coletiva de imprensa realizada quinta-feira (15) se vivia o pior momento da carreira e foi bastante sincero: "Não na minha carreira; na MotoGP, sim."

"É difícil entender porque não fizemos grandes mudanças, mas a forma como ando na moto mudou totalmente, e ainda temos muito a fazer desde o ano passado, desde 2021, mas esta temporada está difícil para mim, especialmente com os pneus novos, para dar uma volta. Temos, portanto, de encontrar uma solução e tirar o melhor de nós mesmos", salientou.

A dificuldade faz o campeão de 2021 ter metas modestas e realistas para a performance que a YZR-M1 pode entregar. "Sinceramente, o principal objetivo é tentar ficar entre os dez primeiros a partir de amanhã (treinos) para, ao menos, conseguir um bom lugar na classificação, porque as últimas foram terríveis para nós. Acho que podemos dar um passo à frente nisso. Depois, corridas são outra história."

"Estamos vivendo um momento muito difícil, acho que o mais difícil desde que cheguei à MotoGP, mas meu objetivo é voltar ao topo mais cedo ou mais tarde, quero chegar lá", garantiu, citando, na sequência, o intenso trabalho que tem sido feito na casa de Iwata para trazer uma nova perspectiva aos engenheiros.

"Estamos tentando mudar a mentalidade dos engenheiros, eles estão investindo muito em coisas que não faziam antes. É difícil para eles, porque, no final, eles veem que o que as marcas europeias levam dois dias para fazer, eles demoram muito mais, então o objetivo agora é esse. Não é fácil, mas estamos indo bem. Aos poucos", finalizou o piloto.