Quartararo lembra disputa de 2022 e cita vontade de “chorar”: “Não brigo por nada”

Um ano após enfrentar Francesco Bagnaia pelo título da MotoGP no GP da Comunidade Valenciana, Fabio Quartararo volta ao circuito de Cheste sem nada a conquistar. Francês considerou que um resultado ruim não muda nada

Um dos protagonistas da temporada 2022 da MotoGP, Fabio Quartararo lamentou que volte ao GP da Comunidade Valenciana sem nada para brigar. Francês admitiu a vontade de chorar quando olha para o que fez no ano passado.

Em 2022, Fabio desembarcou na pista de Cheste com 23 pontos de atraso para Francesco Bagnaia, mas ainda na briga pelo título. O #20 foi derrotado, mas o salto do campeonato ainda é mais positivo do que em 2023. Quartararo é hoje o nono colocado no Mundial de Pilotos, com 167 pontos.

[relacionadas]

“Se olho como estava no ano passado, quer chorar”, disse Quartararo. “Nós últimos anos, tinha muito mais estresse do que agora, que não brigo por nada. Agora, um resultado ruim não muda a minha vida”, seguiu.

Ainda, ‘El Diablo’ voltou a criticar a existência das corridas sprint e indicou que as corridas curtas são mais cansativas do que os GPs habituais.

LEIA TAMBÉM
📌 Bagnaia tem nova chance de título na sprint da MotoGP em Valência. Confira matemática
📌 Classe rainha do Mundial de Motovelocidade decide campeão no último GP pela 20ª vez
📌 Martín x história: só três pilotos reverteram déficit de pontos na final da classe rainha
📌 Déficit de 8 pontos foi maior já revertido no último GP na classe rainha do Mundial

Fabio Quartararo lamentou não brigar por nada em 2023 (Foto: Yamaha)

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

“Foi um ano longo, especialmente com as tantas sprints, que acho que não são necessárias”, disparou. “O nosso é um esporte perigoso por natureza. E acho que têm sábados em que terminamos mais cansados do que nos domingos. As motos que usamos são cada vez mais físicas. Nós estamos na última corrida do ano e já sabem que as arquibancadas estarão cheias. Qual a necessidade de correr também no sábado?”, questionou.

Fabio também não se mostrou muito confiante no impacto da criação de uma Comissão de Pilotos, algo que tem sido debatido nos últimos meses.

“Enquanto não tivermos um papel assinado por todos os pilotos, não podemos criar nada. Teríamos de funcionar por maioria, porque é impossível que os pilotos estejam todos de acordo, exceto que seja por uma ondulação ou um muro”, indicou.

Um dos objetivos dessa Comissão seria lidar também com os contratos, já que muitos foram violados neste ano. Marc Márquez é o exemplo mais chamativo, uma vez que deixa a Honda um ano antes do previsto após um acordo com a marca. Mas, nas classes menores, as equipes descartaram pilotos de modo gritante.

“Meu primeiro contrato de fábrica com a Yamaha foi decidido em 2019 e hora para 2021. Agora, estamos a quatro dias do teste, e têm contratos que não foram assinados”, concluiu.

MotoGP volta a acelerar neste fim de semana, com o GP da Comunidade Valenciana, no circuito de Valência, para a etapa que encerra a temporada 2023. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade.

Martín perde fôlego e deixa Bagnaia na cara do gol para bi da MotoGP