Di Giannantonio reclama de brita “insana” de Portimão e diz: “Melhor correr em Mônaco!”

Barrado do segundo dia de testes em Portugal por casa de um tombo na curva 7, o titular da Gresini reclamou do tamanho das pedras usadas na brita do traçado português. O italiano apontou que os pilotos têm pedido há anos pela substituição

Fabio Di Giannantonio classificou como “insana” a brita utilizada no circuito de Portimão. Diagnosticado com uma concussão após uma queda no sábado (11), o italiano foi impedido de participar do segundo dia de testes da pré-temporada e avaliou que, se é para seguir correndo em uma pista que utiliza pedras “realmente grandes”, melhor correr em Mônaco, já que “o risco é o mesmo”.

Di Giannantonio sofreu um low-side na curva 7 quando simulava uma corrida sprint. O que parecia uma queda simples, porém, ganhou contornos mais graves quando ele chegou à área de escape. O titular da Gresini acabou sofrendo um forte impacto na cabeça e precisou ser levado a hospital para passar por exames.

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Fabio Di Giannantonio foi barrado no segundo dia de testes em Portimão (Foto: Reprodução)

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“Ontem foi uma grande, mas, no geral, estou até que ok. Acho que poderia pilotar hoje, mas o médico disse que era melhor esperar um pouco, pois tive uma concussão”, contou Di Giannantonio. “É uma pena, pois o dia estava indo realmente bem e eu estava me sentindo ótimo com a moto, como em Sepang e em Valência”, seguiu.

A irritação maior de Fabio, porém, é com o circuito, já que ele entende que o acidente não teria tanta gravidade se a brita fosse diferente.

“É uma pena também porque, honestamente, foi só uma queda low-side, mas a brita é insana. Todo ano nós reclamamos da brita, pois são pedras realmente grandes. E quando você bate nelas, é mais doloroso do que bater no asfalto”, comparou. “Eu estava só escorregando no asfalto, mas, quando cheguei na brita, foi como uma explosão. E quando a minha cabeça bateu na brita, ‘desconectei’ completamente. Se você ver o capacete, é inacreditável. Nunca vi algo assim”, relatou.

O #49 revelou que pediu à Gresini para apresentar uma queixa formal, já que os pedidos dos pilotos não têm sido suficientes para resultar em mudanças.

“Pedi a minha equipe para dizer algo, pois damos tanta atenção a coisas como equipamentos de segurança dos pilotos, a [tinta] spray das zebras e linhas na lateral do circuito, então acho que precisa existir uma [melhor] orientação [para a brita]”, defendeu. “Pois, assim, é como bater no muro. O que eu estava dizendo é que, se é para correr assim, melhor correr em Mônaco! É mais espetáculo e o risco é o mesmo”, disparou.

“Nós pedimos a eles para mudarem a brita há muitos, muitos anos e, nesses dias de testes, eles mudaram apenas na curva 1, mas não no resto do circuito. Todo ano eles dizem ‘sim, vamos fazer alguma coisa’. Nós pilotos, mas também a direção de prova e o pessoal estão pedindo ao circuito para fazer algo, mas parece que não fazem”, criticou.

Fabio explicou, ainda, que o acidente o deixou tonto, com a visão embaçada e com náusea.

“Honestamente, foi grande. Mas a queda começou como uma queda normal, então perder um dia de testes e de três a quatro dias de treino em casa só por causa de brita me deixa muito irritado”, comentou.

Mesmo chateado por ficar de fora, Di Giannantonio entendeu a posição dos médicos, mas torceu para que a postura seja a mesma para todos os competidores.

“O principal é estar ok fisicamente. Vamos torcer para que seja sempre assim, pois no passado vimos muitos pilotos pilotando um dia depois de cirurgia ou algo assim”, encerrou.

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