Ducati revela “transferência gratuita” de Marc Márquez para Gresini: “Salário zero”
Confirmando as suspeitas, Paolo Ciabatti, diretor-esportivo da Ducati, confirmou que Marc Márquez vai correr sem salário com a Gresini. Espanhol abriu mão de um salário de € 15 milhões ao abandonar o contrato com a Honda
Marc Márquez não só abriu mão de uma fortuna ao deixar a Honda, mas também aceitou correr de graça. Diretor-esportivo da Ducati, Paolo Ciabatti afirmou que a ida do hexacampeão da MotoGP para a Gresini em 2024 é uma “transferência gratuita”.
Márquez tinha contrato com a Honda até o fim da temporada 2024, mas abriu mão de um salário de € 15 milhões (cerca de R$ 79,3 milhões), acordou em sair um ano antes e fechou com a Gresini para colocar as mãos em uma moto Ducati.
Relacionadas
Na visão de Ciabatti, Marc optou pela transferência após colher referências sobre a moto com o irmão Álex, que chegou ao time italiano no começo de 2023 e já renovou contrato para a próxima temporada.
“Até eu estava convencido de que a Honda não poderia renunciar a Marc Márquez”, disse Ciabatti em uma participação no podcast A Tutto Gas. “Marc entrou em acordo com a Gresini depois de, creio eu, falar com o irmão e avaliar a força da moto do ano passado”, seguiu.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!
“Pelo que eu entendo, com salário zero. Entendo que ele está correndo praticamente com uma transferência gratuita”, revelou.
Paolo disse, também, que ainda que a Ducati se orgulhe de ter alguém como Márquez interessado na Desmosedici, a contratação não era uma necessidade da marca, que se vê bem servida por Francesco Bagnaia, Jorge Martín e Marco Bezzecchi.
“O fator econômico não foi o que guiou essa transferência. Devemos nos orgulhar que ele considere a Ducati a melhor moto para voltar a ser competitivo”, defendeu. “Não vou esconder que ele é um mau cliente de se ter, porque, de qualquer forma, já temos os nossos pilotos que disputam o Mundial em Bagnaia, Martín e Bezzecchi. De um certo ponto de vista, não era necessário inserir mais um elemento de alta competitividade. É uma complexidade extra para gerir, mas também um incentivo para sermos mais rápidos”, defendeu.
Por fim, Ciabatti reforçou que a Ducati não teve envolvimento na transferência de Marc Márquez para a equipe de Nadia Padovani.
“A Ducati foi informada, mas, contratualmente, podemos decidir sobre os pilotos da Pramac. Certo ou errado, isso não está previsto com Gresini e VR46. Não temos de aprovar a escolha deles e nem eles têm de nos consultar”, explicou. “Eles nos informaram quando o negócio estava próximo de ser concluído. Entendemos que era uma oportunidade única para a Gresini. Não parecia certo dizer a eles para desistirem”, concluiu.
A MotoGP volta às pistas nesta semana, entre os dias 27 e 29 de novembro, para o GP da Tailândia, no circuito de Chang. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade.
