Chefe da Ducati diz que Bagnaia mostrou na Moto3 que poderia fazer “grandes coisas”

Chefe da Ducati Corse, italiano reconheceu que, ao contratar o piloto de Torino, não tinha certeza de que a união daria resultados, mas que a experiência de Pecco com a Mahindra foi um sinal de que ele poderia fazer “grandes coisas”

Chefe da Ducati Corse, Gigi Dall’Igna revelou que a passagem pela Moto3 foi determinante para a contratação de Francesco Bagnaia pela casa de Bolonha. De acordo com o dirigente, a atuação com a moto da Mahindra mostrou que o piloto de Torino poderia fazer “grandes coisas” no esporte.

Em entrevista ao jornal espanhol ‘Marca’, Dall’Igna reconheceu que, ao assinar com o pupilo de Valentino Rossi, não tinha certeza de que a união seria bem sucedida, mas assumiu que escolheu o piloto por causa dos anos na Moto3.

MotoGP-2022-Ducati-Gigi-DallIgna-1024x682.jpg" alt="" class="wp-image-641672" />
Gigi Dall'Igna destacou que a passagem pela Moto3 foi decisiva na escolha da Ducati por Bagnaia (Foto: Ducati)

Relacionadas

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

Na classe menor do Mundial de Motovelocidade, Bagnaia correu com a moto indiana Mahindra da equipe, mas, apesar do déficit de performance do protótipo, especialmente em comparação com Honda e KTM, conseguiu ao longo de duas temporadas uma pole, duas vitórias e um total de sete pódios, fechando 2016 com o quarto lugar no campeonato antes de saltar para a Moto2.

Questionado se, há dois ou três anos, estava claro que poderia reconquista o título da MotoGP com Bagnaia depois de não conseguir com nomes consolidados como Andrea Dovizioso e Jorge Lorenzo, Dall’Igna respondeu: “Não, não estava tão claro. Quando alguém investe em jovens, nunca está claro, porque com os jovens, sabemos que eles são bons, que eles têm talento, mas, aí tudo pode acontecer”.

“Além disso, a MotoGP é uma categoria muito difícil, muito complicada”, pontuou. “Mas devo dizer que fizemos a escolha certa com Pecco”, defendeu.

“Eu escolhi Pecco porque ele fez dois anos na Moto3 com uma moto que não era competitiva e ganhou corridas”, revelou.

Dall’Igna manifestou interesse por pilotos que, ao invés de se dedicaram a reclamar do equipamento, focam em conquistar resultados com aquilo que têm nas mãos.

“Eu gosto desses pilotos que não se queixam, que sempre tentam levar resultados para casa independente de terem a melhor ou a pior moto. Para mim, essa é uma das características que os campeões têm de ter, que vi também em Lorenzo e em outros pilotos que, depois, deixaram sua marca”, comentou. “Sempre digo que foi ali que soube que Pecco poderia fazer grandes coisas”, encerrou.

Usar ou não usar: a maldição do número 1 na MotoGP!