Álex Márquez assume discordância com ida para LCR: “Honda não tirou proveito de mim”

Piloto da Gresini em 2023, espanhol reconheceu que não concordou com a decisão da Honda de rebaixá-lo para a LCR antes mesmo de estrear na equipe de fábrica, mas se disse grato pela fábrica da asa dourada por tê-lo dado a oportunidade de chegar à classe rainha do Mundial de Motovelocidade

Álex Márquez admitiu que não concordou com a decisão da Honda de rebaixá-lo para a LCR antes mesmo da estreia pela equipe de fábrica. O espanhol disse, porém, que entendeu a posição da montadora japonesa.

Campeão de Moto3 e Moto2, Álex foi contratado pela Honda como substituto de Jorge Lorenzo, justamente para formar par com o irmão Marc, na temporada 2020. O início da temporada, porém, acabou sendo adiado por causa da pandemia de Covid-19 e, antes mesmo do debute, a montadora decidiu repassá-lo para a equipe satélite no ano seguinte, abrindo caminho para a chegada de Pol Espargaró.

Álex Márquez estreou com a equipe de fábrica, mas já sabendo do rebaixamento (Foto: Repsol)
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Neste trâmite, o contrato do #73 foi renovado por um total de três anos, garantindo o vínculo com a fábrica até o fim de 2022. A partir do próximo ano, porém, o caçula dos irmãos de Cervera vai para a Gresini, uma equipe satélite da Ducati.

Questionado sobre a mudança para a LCR, Álex respondeu: “Honestamente, naquele momento eu não concordei com aquela decisão”.

“Mas respeitei e entendi a posição da Honda. Mas não podemos mudar o passado”, comentou. “A decisão foi um pouco difícil para mim, e não me senti produtivo dentro da LCR para a Honda — não para a equipe, para a Honda”, explicou.

“Então tive muitos dias em que eu diz: ‘Ok, posso ajudar’. A Honda não tirou proveito de mim”, avaliou. “Naquele momento, foi difícil para mim, mas preciso aceitar. Aprendi muito, sou grato a Honda, eles me deram a oportunidade. Não posso mudar o passado, só podemos olhar para o futuro”, frisou.

Mesmo assumindo o incomodo com o rebaixamento, Álex garante que não tem problemas com a Honda e que a relação será “sempre boa”.

“Sempre tive uma boa relação com a Honda. Não tive nenhum problema. Não é a mesma coisa em uma equipe satélite e o time de fábrica. Ok, o contrato pode ser de fábrica, mas não é exatamente a mesma coisa”, considerou. “Na equipe satélite, as novas peças sempre chegam mais tarde, e quando você tem uma moto com muitos problemas, você sente muito. Mas a minha relação com a Honda será sempre ótima, serei sempre grato, pois eles me deram a oportunidade de saltar para a MotoGP. Venci com eles na Moto3”, encerrou.

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