Martín diz que “não tinha melhores cartas”, mas queria vitória “mais do que ninguém”

Jorge Martín explicou que se arriscou na escolha de pneus para a corrida sprint e teve de trabalhar duro para conseguir a vitória. Espanhol espera Francesco Bagnaia mais forte para o GP da Comunidade Valenciana

Jorge Martín afirmou que queria a vitória na corrida sprint do GP da Comunidade Valenciana deste sábado (25) “mais do que ninguém”. O espanhol avaliou, no entanto, que talvez não tivesse as “melhores cartas”, já que precisou arriscar com a escolha de pneus.

Martín se classificou apenas em sexto, mas, já na largada se colocou entre os ponteiros. Depois de despachar Maverick Viñales e Brad Binder, controlou uma pequena vantagem em relação ao sul-africano para vencer a sprint pela nona vez no ano.

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“Hoje eu queria ganhar mais do que ninguém, mas talvez não tivesse as melhores cartas”, disse Martín. “Corremos um pouco de rico escolhendo o pneu macio traseiro, mas, especialmente, o dianteiro médio. É um pneu que não estou muito acostumado a escolher”, seguiu.

“Percebi de manhã que não estava confortável. A temperatura subiu e decidimos por esse pneu, mas, já na terceira volta, pensei: ‘Ah, isso vai me custar. Terei de trabalhar duro’”, relatou. “Aproveitei o momento em que Maverick e Brad começaram a se atrapalhar. Comecei a apertar naquela hora, consegui ultrapassar os dois muito no limite. Até mesmo com Pecco [Bagnaia], tive um momento que passou muito perto. Mas fomos os melhores. Esperamos ter o mesmo amanhã. Posso escolher melhor os pneus. Vamos ver se encontramos algo hoje que nos ajude amanhã”, torceu.

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Jorge Martín vai disputar o título com Francesco Bagnaia na corrida final de 2023 (Foto: Gold & Goose/ Red Bull Content Pool)

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Martín contou que conseguiu ver pelo telão que Bagnaia estava mais atrás, pressionado por Fabio Di Giannantonio, mas preferiu ficar focado para evitar quedas.

“Vi na tela que ele estava mais atrasado, com Di Giannantonio, mas eu estava focado, já tinha muito trabalho por ter só um pelinho [de vantagem] para Brad para que ele não tentasse uma ultrapassagem. Não era por fazer segundo, mas pelo fato de não cairmos”, comentou. “Foi um trabalhão manter esses 0s2 ou 0s3. Uma pena que tenhamos tido um problema no Q2, de novo com o pneu, que não estava trabalhando bem, se movia, e não pude largar mais à frente”, lamentou.

Jorge confirmou, também, que ouvia do público que o título ainda é possível.

“Sim, diziam que é possível. Estava muito difícil, ainda estamos longe. Mas hoje quero aproveitar, porque aconteça o que acontecer amanhã, hoje eu levou isso, mais uma vitória”, comentou. “O que teria acontecido sem o pneu do Catar? Da na mesma. Ainda resta a chance de amanhã. Temos de tentar vencer e veremos como vai o Pecco. Tenho certeza que ele vai dar um passinho, mas vamos ver se podemos levantar esse Mundial”.

Por fim, Martín reconheceu que é difícil pensar em uma estratégia, já que não tem tanta margem.

“É muito complicado. Não temos tanta folga para manter o grupo afastado, mas vamos ver. Vamos tentar fazer o que fizemos hoje: assumir a ponto e ver se podemos fazer alguma coisa”, encerrou.

A largada para o GP da Comunidade Valenciana, em Valência, está marcada para as 11h (de Brasília) deste domingo. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade.