Pietro Fittipaldi ganha chance de ouro e carreira na Indy depende das próprias forças

Pietro Fittipaldi recebe uma oportunidade dourada ao fechar com a RLL para a temporada 2024 da Indy. Brasileiro recebe chance de depender das próprias forças para se consolidar na categoria

Pietro Fittipaldi está de volta. Três anos depois de uma passagem curta e de reserva pela Dale Coyne, o brasileiro finalmente ganha uma nova chance na categoria. E é uma oportunidade dourada. Foi anunciado como o piloto do carro #30 da RLL, tendo a oportunidade de disputar a temporada completa pela primeira vez em 2024.

Esta oportunidade é de ouro por diversos motivos. Um deles é o carro. Mesmo sem capacidade para brigar por títulos, a RLL se consolidou nos últimos anos como uma das grandes pedras no sapato dos times grandes da Indy. 2023 até foi marcado pelo péssimo desempenho na Indy 500, com Graham Rahal bumpado, mas o próprio piloto deu a volta por cima no fim da temporada anotando duas poles. Christian Lundgaard foi até mais longe: venceu o GP de Toronto, colocando a equipe na discussão de quarta força da categoria novamente.

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Além de um carro bom, também é a oportunidade de Fittipaldi ter um ano sem maiores problemas. Quando experimentou a Indy pela primeira vez, em 2018, tinha planejado disputar apenas sete corridas com a Dale Coyne enquanto se dividia com outras categorias. Ao se lesionar durante o WEC, perdeu a oportunidade de disputar a Indy 500, e teve uma evolução lenta quando retornou, no fim do ano.

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PIETRO FITTIPALDI; DALE COYNE; INDY;
Pietro Fittipaldi vai correr na Indy de novo (Foto: IndyCar)

Já em 2021, com bagagem maior pela passagem na Fórmula 1 e bons anos de reserva na Haas, acertou outro acordo de participações pontuais com a Dale Coyne. Substituiu Romain Grosjean quando o francês ainda não tinha confiança suficiente para correr nos ovais. Pouco conseguiu fazer neste período.

Depois desta passagem, o futuro de Fittipaldi na Indy parecia encerrado, já que decidiu se dedicar ao endurance nos dois anos seguintes. Primeiro, pelo European Le Mans Series, e eventualmente acertando com a Jota para disputar o Mundial na classe LMP2, onde até conseguiu uma vitória em 2023. Mais uma vez, muda uma rota da carreira, mas muito bem justificada pela chance que caiu nas mãos.

Existem poucos pilotos no automobilismo recentemente que foram tão versáteis e rodados quanto Pietro. Foram experiências em turismo, no endurance e nos monopostos. Porém, talvez nunca tenha surgido uma oportunidade tão boa quanto a de agora. Correr uma temporada na RLL é uma excelente chance de consolidação em uma categoria na qual o sobrenome Fittipaldi tem bastante história.

Pietro não chega na RLL para igualar o que Lundgaard e Rahal fizeram na temporada passada, mas está em uma equipe boa e estruturada para demonstrar e maximizar o talento e a expectativa colocada em cima do nome ao longo dos últimos anos. Nunca houve uma oportunidade tão grande de depender apenas de si.