McLaren afirma em processo que Palou assinou contrato para defender equipe até 2026
Em mais um capítulo da batalha entre McLaren e Álex Palou na Justiça, equipe acusou piloto de ter assinado, em outubro, contrato válido até a temporada de 2026 da Indy
A batalha judicial entre McLaren e Álex Palou, que se recusou a cumprir um contrato acordado com o time britânico na Indy, continua. De acordo com documento obtido pelo portal IndyStar, o piloto espanhol teria assinado um acordo com a escuderia no dia 1º de outubro de 2022, logo após o imbróglio contratual envolvendo sua atual equipe, a Ganassi. O vínculo, inclusive, tinha data de início prevista para esta semana.
"Os requerentes [McLaren] e o réu [Palou] são partes de um contrato datado de 1º de outubro de 2022, em termos de que a ALPA Racing [empresa do piloto] está obrigada a garantir que o sr. Palou esteja disposto a conduzir atividades promocionais e de pilotagem nas corridas da Indy, começando ao fim de 2023 [11 de setembro] e passando pelas temporadas 2024, 2025 e 2026 da Indy", diz a petição dos advogados da McLaren.
A reclamação da equipe, porém, não diz respeito somente à Indy. Ainda de acordo com o processo, a McLaren acusa Palou de ter fechado um acordo para ser reserva do time na Fórmula 1, começando pelo GP de Singapura do próximo fim de semana.
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CEO da McLaren, Zak Brown disse até mesmo que o quarto do piloto estará reservado em Marina Bay, conforme definido em contrato. Como as chances de presença de Palou são remotas, o time inglês acredita que sua ausência dará ainda mais munição aos advogados no tribunal.
Segundo o processo, o aviso de que Palou não cumpriria o contrato foi dado por seus advogados à equipe no dia 8 de agosto de 2023. Logo depois de conquistar o bicampeonato da Indy, Álex foi confirmado pela Ganassi para 2024.
"O comprometimento contínuo do Sr. Palou com a Ganassi é completamente incompatível com suas obrigações com a McLaren, de acordo com o contrato. A entrada no novo acordo com a Ganassi o coloca em violação real da Cláusula 15 do Acordo de Pilotos (uma violação repudiatória)", dizem os advogados da equipe.
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Por fim, ainda de acordo com o veículo, a McLaren crê que sofreu um prejuízo que gira entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões [na cotação atual, aproximadamente entre R$ 98,6 milhões e R$ 148 milhões]. No último fim de semana, durante o encerramento da temporada da Indy, em Laguna Seca, Brown evitou comentar sobre o tema — mas deixou uma cutucada no ar.
"Não vou entrar em comentários apressados", disse o CEO da McLaren ao ser questionado sobre o processo. "Deixarei a Justiça e os fatos, quando surgirem, permitirem às pessoas que cheguem às próprias conclusões em relação ao caráter de Álex", disparou.