Williams e Aston Martin defendem regulamento da F1: "Injusto dizer que falhou"
Enquanto comentários voltam a surgir sobre a dificuldade de seguir o carro à frente na Fórmula 1, James Vowles e Mike Krack, chefes de Williams e Aston Martin, respectivamente, disseram que o regulamento não falhou em seu propósito
O início da temporada de 2024 da Fórmula 1 tem apresentado queixas que a categoria gostaria ter deixado no passado. Pilotos voltaram a reclamar das dificuldades de seguir o carro à frente por conta do 'ar sujo', algo que parece ser inevitável conforme as equipes vão melhorando a performance aerodinâmica de seus bólidos.
A inteção do regulamento introduzido em 2022 era justamente a de facilitar as ultrapassagens e eliminar o 'ar sujo' com a volta do efeito-solo, tornando o assoalho o principal responsável por gerar a força descendente. Apesar das reclamações e críticas ao conjunto de regras, James Vowles, chefe da Williams, saiu em defesa do regulamento da F1. O britânico disse que ficou mais fácil de seguir do que em anos passados, mas sabe que as evoluções das equipes de ponta impede o ideal das regras.
“Não acho que o regulamento falhou. Acho que isso seria totalmente injusto. Acho que a disputa é bastante acirrada no meio do pelotão. Há ultrapassagens acontecendo. Com os dados que podemos ver agora, ainda é melhor do que as gerações de carros de 2021, 2020. Mas especialmente o grupo dos líderes desenvolveu o carro de uma forma extraordinária que, à medida que você desenvolve a força descendente, fica mais difícil de seguir”, explicou Vowles.
“Mas ainda acho que, com base em todas as métricas e dados que podemos ver, agora você está chegando mais perto do que antes como resultado de algumas coisas, o que era uma intenção por trás disso. Se eles vai melhorar em 25, não, acho que não. Não há razão para pensar que vai melhorar no próximo ano. E em 26, novamente, as regras ainda estão sendo ratificadas neste momento, então é difícil avaliar isso”, concluiu o chefe da Williams.
Quem também se juntou a James na defesa do conjunto atual de regulamentos foi Mike Krack, chefe da Aston Martin. O ex-dirigente da BMW explicou que ninguém esperava tamanho domínio da Red Bull e acredita que, atrás dos taurinos, houveram boas corridas, e também já destacou os principais questionamentos para as novas regras em 2026, que têm como principal mudança a introdução de novas unidades de potência.
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“Acho que o regulamento não falhou de maneira alguma. Acho que permitiu vários designs desde o início, depois um domínio que obviamente nenhum de nós deseja, mas isso é um fato. De qualquer jeito, ainda temos mais um ano pela frente. E então damos as boas-vindas ao novo [regulamento]. Como James disse, ele ainda não está 100% definido e estamos ansiosos para isso. Mas, honestamente, acho que os regulamentos atuais são bem feitos, e tivemos ótimas corridas atrás de uma equipe", disse Krack.
"Penso que a meta é ter o primeiro conjunto de regulamentos até o final de junho e depois partiremos daí. Provavelmente eles não estarão completos ou totalmente concluídos, mas acho que é importante ter os regulamentos cedo porque é realmente uma grande mudança para todos. E então precisamos ver qual será a meta de peso, como será a arquitetura do carro? Qual vai ser o tamanho do pneu? Muita coisa ainda está sendo discutida. Então não devemos atrasar muito”, relatou o chefe da Aston Martin.
A Fórmula 1 volta neste final de semana, entre os dias 22 e 24 de março, com o GP da Austrália, terceira etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do fim de semana.