Presidente da FIA lamenta desastre em Ímola e pede foco em "esforços de recuperação"

Mohammed Ben Sulayem, presidente da Federação Internacional de Automobilismo, enviou condolências aos afetados pelas fortes chuvas em Ímola e pediu foco na segurança local

Depois de Stefano Domenicali, chefe da Fórmula 1, lamentar a situação caótica que tomou conta da região da Emília-Romanha após as fortes tempestades dos últimos dias, foi a vez de Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, demonstrar tristeza com o episódio. Nesta quarta-feira, a categoria anunciou oficialmente o cancelamento da etapa de Ímola deste ano, justamente devido aos estragos.

O emiratense dedicou seus pensamentos aos habitantes locais afetados pelas chuvas, que já causaram pelo menos oito mortes, segundo a agência Reuters. Além disso, declarou prioridade total nas medidas de recuperação após diversas pessoas ficarem desabrigadas.

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O paddock de Ímola, completamente alagado após as chuvas que assolaram o norte da Itália (Foto: Twitter/Steffen Dietz)

"Meus pensamentos e de toda a família FIA estão com aqueles afetados pela terrível situação na região da Emília-Romanha", declarou Ben Sulayem. "A segurança de todos os envolvidos e os esforços de recuperação são as prioridades neste momento", completou.

A definição veio após a Fórmula 1 esperar a primeira noite de caos desde que se instalou na pista, na terça-feira (16), para avaliar como proceder e o que aconteceria. Com direito a apelos das autoridades locais para não ir adiante com o evento, a decisão foi mesmo de interromper os trabalhos.

Com a previsão meteorológica apontando para tempestade na região e possíveis inundações, dadas as quantidades de rios na Emília-Romanha, a decisão do Departamento de Proteção Civil foi emitir um alerta vermelho para ventos fortes e alto risco de inundações com chance de deslizamentos de terra.

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O paddock da F2 em Ímola: totalmente alagado na manhã da quarta-feira (Foto: Reprodução/Albert Fabrega/Twitter)

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O governo local estimava até 100 mm de chuva sobre as áreas de maior perigo na terça-feira, mas o volume podia atingir até 150 mm, considerado preocupante — o índice pluviométrico indica a quantidade de água por cada metro quadrado.

Pouco depois, o Autódromo Enzo e Dino Ferrari foi evacuado quando parte da logística de organização, equipes e imprensa já atuava no local. Em seguida, a ordem foi de que todas as unidades de força que já estavam presentes fossem levadas a áreas mais altas, por conta do perigo de enchentes causadas pela alta do rio Santerno, que fica ao lado da pista. Enfim, nesta quarta, veio a decisão oficial de cancelar a corrida.

A situação é crítica na região da Emília-Romanha, no norte da Itália (Foto: AFP)