Novo chefe da Williams, Vowles diz que time "não vai ser mini-Mercedes": "Independente"

O britânico James Vowles enfatizou a independência na tomada de decisões do time de Grove, apesar da parceria com a equipe das Flechas de Prata

Foi anunciada, na última sexta-feira (13), a ida de James Vowles para o comando da Williams em 2023, substituindo Jost Capito. O ex-diretor de estratégia da Mercedes vai para uma equipe que continua tendo relação com a sua anterior, pelo fato do time britânico ser cliente das Flechas de Prata e utilizar as unidades de potência da montadora alemã.

Apesar do anúncio ter acontecido, por coincidência em uma sexta-feira 13, espera-se que essa movimentação nem traga azar para a equipe, e além disso, Vowles busca que sua presença não traga a expectativa de se tornar uma “mini-Mercedes”. A relação do time de Grove com os alemães se estreitou nos últimos anos, com direito a presença de George Russell, piloto da academia de Brackley, como titular da Williams entre 2019 e 2021.

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“Eu não a consideraria uma mini-Mercedes. A Williams é uma equipe incrivelmente independente por mérito próprio que formou sua própria história, sua própria herança. Isso não significa que a Mercedes e nós não teremos colaboração de uma forma ou de outra, já havia colaboração antes de eu entrar. Mas tenho que fazer o que é melhor para a Williams de agora em diante”, comentou Vowles.

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James Vowles (Foto: Williams)

A Williams utiliza os motores da Mercedes desde o início da era híbrida, em 2014. Outro elemento que mostra a proximidade das duas foi a utilização de Nyck de Vries no GP da Itália de 2022. O holandês era reserva do time alemão, mas prestou serviços para a Williams após Alexander Albon passar por uma cirurgia de emergência.

“Quando perguntamos à nossa equipe de liderança sênior qual é o elemento mais importante da equipe, sempre voltamos a duas coisas na Mercedes: pessoas e cultura. Agora vamos ver antes de colocar os pés lá, não tenho certeza de onde estamos no momento, mas é a coisa mais alta na minha lista de prioridades, garantir que todos entendam que se trata de trabalhar juntos. Trata-se de empoderamento, trata-se de tratar seus colegas com o respeito que você deseja deles, o crescimento que você deseja deles, para que possamos trabalhar juntos em direção a um objetivo final”, comentou.

Esse posicionamento do britânico é apoiado pelo chefe da Mercedes, Toto Wolff, que defende a autonomia do novo chefe da Williams em sua jornada. “Se eu me envolvesse com James e pedisse para ele se tornar uma mini-Mercedes, ele me diria para sumir. Dessa forma, sempre houve a especulação de que a Williams, por causa do motor da Mercedes, era subordinada. Mas nada disso era obviamente verdade”, destacou.

“Nunca interferimos em algum tipo de situação envolvendo pilotos. Sempre entendemos a autoridade da gestão da equipe à sua maneira. E é por isso que James vai fazer o que é bom para a equipe, o que é bom para James, a fim de trazer isso adiante. Ele será julgado pelo sucesso da equipe e, se a Mercedes for útil, ele falará sobre isso. Se ele sentir que precisa assumir uma posição diferente, então ele se portará dessa forma”, completou.