Na Garagem: Piquet conquista bi na F1 com terceiro lugar no GP da África do Sul
Numa prova em que tudo aconteceu a seu favor, há exatos 40 anos, Nelson Piquet garantiu um suficiente terceiro lugar no GP da África do Sul para conquistar o bicampeonato na F1 e igualar a marca de Emerson Fittipaldi
Há exatos 40 anos, o Brasil via mais um título de Fórmula 1 ser colocado na prateleira, o segundo de Nelson Piquet. O piloto cruzou a linha de chegada do GP da África do Sul na terceira colocação, o que foi suficiente para conquistar o bicampeonato de F1 com a Brabham.
Em 1983, a prova sul-africana foi a última do calendário. Alain Prost chegou ao final de semana como o favorito a sair campeão: na classificação, somava 57 pontos, contra 55 do brasileiro. René Arnoux também chegou vivo na briga, mas com chances remotas já que tinha apenas 49. Piquet, no entanto, tinha um fator positivo ao seu lado. O brasileiro chegava com duas vitórias consecutivas, no GP da Itália, em Monza, e GP da Europa, em Brands Hatch.
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A pole-position para a decisiva corrida ficou nas mãos de Patrick Tambay, após anotar 1min06s554. A sorte de Piquet já começava a surgir aí, já que iria partir da primeira fila, ao lado do francês. Prost ficou com o quinto posto do grid.
Assim que a largada foi autorizada, Nelson assumiu a primeira colocação com Riccardo Patrese, seu companheiro de equipe, pulando para segundo e começando a escoltá-lo. Mais atrás no pelotão, Prost não tinha o início ideal. Apesar de conseguir subir uma posição, não era ainda o bastante para garantir o título.
Na nona volta, então, menos um candidato ao título na pista. Arnoux sofreu uma quebra no motor Ferrari e foi obrigado a abandonar a corrida. Com isso, Prost subiu para a terceira posição… mas logo teve de acordar do sonho do primeiro título. Isso porque, na volta 34, o francês foi aos boxes com um problema em seu propulsor e abandonou. A decisão estava desenhada ali.
Ao ser avisado pela Brabham do abandono de seu adversário, Piquet decidiu poupar o turbo de seu motor BMW e tirou o pé, permitindo a aproximação de Patrese, Andrea de Cesaris e Niki Lauda. A quarta colocação era suficiente para o título.
Mas já quase na reta final do GP, com dez voltas para a bandeira quadriculada, foi a vez do motor de Lauda deixá-lo na mão, com Nelson herdando a terceira colocação. Quem cruzou a linha de chegada em primeiro foi Riccardo, com Andrea sendo o segundo do dia.
Piquet conquistava ali o então bicampeonato na F1, igualando a marca de Emerson Fittipaldi que, naquela época, já tentava a sorte na América do Norte. O tri viria poucos anos depois, na temporada de 1987.
