Mercedes rejeita mudança de regra para frear domínio da Red Bull: "Vai acabar com a F1"
Na opinião de Toto Wolff, a Fórmula 1 é sobre quem tem o melhor carro e o melhor piloto, e a vez agora é da Red Bull. Aos demais, cabe trabalhar para encontrar soluções em desenvolvimento sem que haja mudança nas regras para equilibrar o desempenho
Apesar da desvantagem frente à Red Bull desde a última mudança no regulamento da Fórmula 1, a Mercedes se mostrou contra a ideia de uma nova mudança nas regras para conter o domínio da rival taurina e, consequentemente, aproximar as demais equipes no campeonato. Na opinião de ToTo Wolff, a Fórmula 1 é sobre quem tem o melhor carro e o melhor piloto, portanto um equilíbrio no desempenho "acabaria com o esporte".
Falando aos jornalistas durante o fim de semana da F1 em Mônaco, Wolff disse que vê a categoria como uma "meritocracia" e que, agora, é a vez da Red Bull. "O carro é rápido em todas as condições, o piloto [Max Verstappen] está no auge. Mesmo escapar às vezes durante a corrida, mas não desistir é uma habilidade, e dá para ver que ele forçou", acrescentou o austríaco ao analisar o desempenho do holandês nas ruas de Monte Carlo.
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"Todo o crédito a eles, só temos de fazer um trabalho melhor. Precisamos recuperar o tempo perdido, encontrar soluções inteligentes, esperar que nosso desenvolvimento seja mais acentuado que o deles e, eventualmente, entrar na briga de novo", completou Wolff.
Em seguida, o chefe das Flechas de Prata foi questionado se acha que a Fórmula 1 deveria buscar soluções para igualar a performance entre as equipes, mas rejeitou a ideia: "É um esporte, seja bom para o espetáculo ou não."
"Sem dúvida, uma batalha forte entre dez pilotos, ou ao menos dois, é muito melhor para todos, mas não é o que está acontecendo, e você tem de aceitar e trabalhar para voltar ao jogo. Se começarmos a equilibrar o desempenho, vamos acabar com esse esporte", frisou Toto.
"O melhor piloto no melhor carro, gastando a mesma quantia de dinheiro, vence o campeonato, e se você quebra essa regra, deve ser fortemente penalizado. Mas só por isso, e não por fazer um bom trabalho", concluiu.
Recentemente, Stefano Domenicali, presidente da F1, também falou sobre a soberania da base em Milton Keynes em 2023, porém também afastou qualquer possibilidade de uma interferência por parte da categoria, ressaltando que o teto de gastos "vai ajudar a reduzir a distância do lado técnico".
A Fórmula 1 volta já na semana que vem, entre os dias 2 e 4 de junho, com o GP da Espanha, em Barcelona, sétima etapa da temporada 2023. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo.
