Mercedes se preocupa e admite melhora da Ferrari com desgaste de pneus após Japão

Andrew Shovlin, diretor de engenharia da Mercedes, admitiu que desgaste de pneus não é mais fator que favorece a equipe em embate contra Ferrari

Mesmo que os duelos por títulos da temporada 2023 da Fórmula 1 não estejam abertos, sempre há alguma atualização a ser notada no campeonato. O que o GP do Japão do último fim de semana mostrou, por exemplo, foi que a Ferrari já não tem um grande problema de desgaste de pneus assim. Ao menos é a opinião da Mercedes.

Foi o que disse Andrew Shovlin, diretor de engenharia da Mercedes. Segundo ele, numa corrida em que os pneus tradicionalmente esquentam bastante pela quantidade de curvas velozes, a Ferrari apresentou novo assoalho e não sofreu com desgaste. Se a Mercedes, em outro momento da temporada, tinha importante vantagem neste quesito, já lança olhar diferente no fim de setembro.

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"Parte disso está ligado às temperaturas. Parte do desgaste de pneus é simplesmente o fato dos pneus esquentarem mais e mais nas primeiras oito voltas. Acredito que o déficit de desempenho existia na classificação. Temos menos performance nas curvas mais veloxes, algo que se repetiu e também acabou sendo custoso na corrida", avaliou.

"Em Suzuka, tudo é uma questão de aderência nas curvas mais rápidas, na carga aerodinâmica, e parece que estamos um tanto atrás neste quesito", admitiu.

Russell e Hamilton duelaram duramente no início da prova em Suzuka (Foto: AFP)

"[Ferrari] trouxe atualizações no assoalho, então talvez tenham avançado. Se avaliarmos algumas das pistas onde recentemente estivemos, a vantagem que tínhamos com o desgaste de pneus não é tão evidente quanto nas primeiras corridas", falou.

Por fim, Shovlin justificou a estratégia para que George Russell completasse a corrida em apenas uma parada nos boxes e, por conta disso, recebesse a ordem para deixar Lewis Hamilton passar no final, para assumir o quinto lugar. Hamilton terminou em quinto, com Russell em sétimo. Segundo o engenheiro, foi uma defesa ao perigo que representava Carlos Sainz para ambos: Lewis ainda tinha chances de escapar, como conseguiu.

"As chances de segurar Sainz com a tática de uma parada nos boxes era relativamente pequena, mas a razão pela qual tomamos esse caminho [com Russell] foi pelo fato de que não tínhamos nada a perder. Não havia risco de George perder posição para Alonso atrás dele, então decidimos", assinalou.

"Mas foi uma estratégia difícil e conseguimos acertar. O desgaste de pnneus estava alto demais para torná-la muito competitiva", encerrou.

A Fórmula 1 retorna na semana que vem, entre os dias 6 e 7 de outubro, com o GP do Catar, em Losail, 17ª etapa da temporada 2023.

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