Kubica: Estou orgulhoso mas percebi a oportunidade que perdi
Robert Kubica admite que o seu regresso a um monolugar de Fórmula 1 foi emocional não só pelo facto de realizar algo que pensava ser impossível mas também por ter percebido a oportunidade que perdeu em 2011.
O polaco rodou com um Lotus E20 pintado com as cores da Renault e completou 115 voltas ao traçado de Valência.
Foi a sua primeira vez ao volante de um F1 desde o acidente num rali antes daquela que seria a sua segunda época na Lotus-Renault em 2011.
"Gostaria de agradecer a todos os que tornaram isto possível. Espero que tenha sido um bom dia para todos e talvez tenham visto algo do Robert de 2010", refletiu Kubica.
"Para mim, foi um dia importante do ponto de vista emocional. Estive muito tempo afastado do paddock e passei por momentos difíceis. Mas continuei a trabalhar apesar de sentir que fosse impossível.
"É um sentimento agridoce. Estou orgulhoso do que consegui hoje mas também percebi a oportunidade que perdi.
"Não sei o que o futuro irá trazer, mas sei que depois de mais de um ano de preparação consegui rodar de forma rápida e consistente em condições difíceis.
"Não é fácil regressar seis anos depois, mas sabia que era capaz e estou satisfeito. A Renault deu-me o primeiro teste de F1 em 2005 e voltou a fazê-lo agora".
Alan Parmane, diretor desportivo da Renault, referiu que este teste foi como voltar atrás no tempo, acrescentando:
"Foi bom ver o Robert de volta. Ele mudou um pouco, está mais maduro e não foi tão agressivo quando pediu para mudarmos todos os detalhes das afinações do carro!
"Os comentários e o feedback dele fizeram-nos regressar atrás no tempo. Não é fácil regressar a um F1 depois de seis anos e ele esteve muito bem.
"Foi apenas um teste para o Robert. Ele não pôde continuar com a Renault em 2011 e nós tínhamos perspetivado um grande futuro para ele. A equipa estava em Valência e testar com o Sirotkin e foi a oportunidade perfeita para colocar o Robert no carro e contribuir para a sua recuperação".