Fórmula 1 volta a se enrolar com calendário e cancela corridas pelo 4º ano seguido

Pela quarta temporada seguida, Fórmula 1 se vê obrigada a cancelar corridas e mudar calendário ao longo do ano

🔴URGENTE! F1 CANCELA GP EM ÍMOLA: SAIBA TUDO SOBRE DECISÃO | TT GP #96

Mais uma ano vai passar sem que a Fórmula 1 seja obrigada a cancelar mais de uma corrida do calendário oficial que anuncia com antecedência. A confirmação do adiamento, que muito provavelmente vai virar cancelamento, do GP da Emília-Romanha do próximo fim de semana garante que, pela quarta temporada consecutiva, a categoria não vai conseguir honrar todos os compromissos conforme desejado.

O cancelamento da prova marcada para Ímola foi por motivo climático: as tempestades no norte da Itália fizeram com que mais de 20 rios da região transbordassem, além de deslizamentos de terra e causaram, ao menos, oito vítimas fatais. O rio Santerno, que corre ao lado de Ímola, foi um dos que transbordou e inundou partes do Autódromo Enzo e Dino Ferrari. Com isso e como a força humana das autoridades da Emília-Romanha será mobilizada para os socorros às vítimas, não haverá corrida.

[relacionadas]

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

Em resposta ao GRANDE PRÊMIO, a Fórmula 1 ainda diz que vai tentar realocar o GP da Emília-Romanha, mas admite: é improvável que consiga. O calendário recheado não oferece brechas para que uma corrida seja reposta.

E se os planos para a temporada 2023 era contar com o mais longo campeonato da história, com 24 corridas, a situação já volta àquela dos últimos dois anos: 22 provas. Ímola não é a primeira praça a ser cancelada deste ano: a outra foi Xangai, com o GP da China. O evento foi sacado do calendário ainda por conta ainda das restrições por conta da pandemia da Covid-19.

Lewis Hamilton foi o vencedor do último GP da China de F1, realizado em 2019. Desde então, quatro cancelamentos (Foto: Mercedes)

O motivo para o cancelamento do GP da China foi o mesmo no ano passado, 2022. A segunda prova defenestrada do calendário no ano passado foi a da Rússia, claro, após a invasão russa ao território da Ucrânia, que iniciou a guerra que já chega a 15 meses de duração.

Os casos das corridas de Rússia e Ímola, por motivos emergenciais, apontam para uma questão em comum: há dificuldade de repor eventos porque o calendário é recheado. Tanto em 2022 quanto em 2023, o plano era contar com 24 eventos e realizar o maior campeonato da história. Apesar de não ter sido possível, estão empatadas como as temporadas mais longas de todos os tempos. Com muitos eventos encavalados, não há espaço para mexer nas datas com o ano em movimento.

Em 2020 e 2021, a pandemia foi a grande vilã. Por conta do caos sanitário que parou o mundo, 13 corridas foram canceladas na temporada 2020: GPs de Austrália, Vietnã, China, Holanda, Mônaco, Azerbaijão, Canadá, França, Singapura, Japão, Estados Unidos, México e Brasil. Todas as que eram de rua ou foram de Europa e Oriente Médio. A F1 encontrou soluções em pistas tradicionais da Europa e no Bahrein, e acabou com 17 provas no ano.

A prova da Austrália, inclusive, foi a única semelhante ao que aconteceu em Ímola desta feita, inclusive: cancelada já na semana do evento, com pilotos e equipes instalados em Melbourne.

GP da Rússia foi cancelado no ano passado (Foto: Mercedes)

No ano seguinte, ainda com a pandemia forte pelo mundo, mas com mais possibilidades de movimentação pelo mundo, menos corridas foram inviabilizadas. Entretanto, os GPs de China e nos centros urbanos de Canadá, Singapura, Japão e Austrália também foram ceifados.

O cancelamento de eventos anunciados não é assim tão comum: antes de 2020, a última vez que havia acontecido fora em 2011, num período de convulsão social no Bahrein.

E dois cancelamentos no mesmo ano? Aconteceu em 1985, quando o GP da Bélgica foi adiado por conta de problemas com o asfalto de Spa-Francorchamps e acabou recebendo a soma dos planos de um GP de Nova York, que chegou a ser marcado, mas nunca foi adiante. Só que, como havia espaço no calendário, a prova belga foi remarcada para três meses depois e entrou justamente na vaga que seria da prova nova-iorquina.

A Fórmula 1 continua a temporada 2023 já na próxima semana, com o GP de Mônaco, em Monte Carlo, entre os dias 26 a 28 de maio.

F1 CANCELA GP EM ÍMOLA! TUDO SOBRE A SITUAÇÃO NA EMÍLIA-ROMANHA