Ex-empresário vê Pérez como "ótimo piloto" e diz: "Problema é ter Verstappen ao lado"

Adrián Fernández disse que Sergio Pérez precisa descobrir o que Max Verstappen "faz de diferente" para não só acompanhar o ritmo do holandês, como também ajudar a Red Bull a se manter no topo em 2023

Sergio Pérez vai para a sua terceira temporada na Fórmula 1 tendo ao seu lado Max Verstappen na Red Bull. E na visão do ex-empresário de Checo, Adrián Fernández, esse é o grande problema, uma vez que o bicampeão está "em outro nível".

Em 2022, Pérez venceu duas corridas, em Mônaco e em Singapura, enquanto Verstappen quebrou o recorde que antes pertencia a Michael Schumacher e Sebastian Vettel, chegando a 15 triunfos num mesmo ano. Além disso, Checo ainda perdeu o vice-campeonato para Charles Leclerc, da Ferrari, fechando a temporada na terceira posição.

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Para bater Verstappen, Pérez vai ter de acelerar mais em 2023, na opinião de Adrián Fernández (Foto: Sébastien Bozon/AFP)

Fernández acredita, no entanto, que o #11 foi bem no último ano. "Checo vem tendo um bom desempenho. O problema é que Verstappen está ao lado dele", frisou, em entrevista à versão holandesa do Motorsport.com. "Checo é um excelente piloto, muito experiente. Mas ele precisa descobrir o que Max faz de diferente", acrescentou.

"Claro que Max está na Red Bull há tempos, a equipe é construída em torno dele. Considerando isso, Checo não está fazendo nada de errado, possivelmente tem feito exatamente o que a equipe deseja que ele faça. Mas vai ter de apertar o acelerador logo, e acho que ele também entende isso", completou Fernández.

Em 2022, Verstappen sobrou graças ao domínio do RB18 somado aos constantes erros da principal rival, a Ferrari. O ex-piloto mexicano, no entanto, entende que a melhora de Pérez é fundamental para a equipe austríaca se manter no topo.

"A Red Bull foi muito forte no ano passado, mas se a disputa nesta temporada for mais acirrada, será importante para a equipe ter os dois pilotos na frente", salientou, destacando, porém, que Verstappen "está em um nível diferente".

"Ele é do calibre de [Ayrton] Senna, Schumacher e [Lewis] Hamilton. Acredito na habilidade de Checo, mas ele terá de dar um grande passo para chegar a esse nível. E não estou falando sobre a forma como pilota, e sim sobre como trabalha com os engenheiros para deixar o carro do jeito que ele gosta e a sua consistência ao longo da temporada", seguiu.

"Ser o mais rápido em volta lançada uma vez, terminar uma sessão na liderança ou vencer uma corrida, tudo bem, mas se você vai brigar pelo campeonato, tem de ser forte durante o ano todo. Veja Valtteri Bottas. Ele teve por anos o melhor carro, mas não conseguiu ser campeão. A diferença entre ele e Lewis? Consistência. É isso que torna os campeões tão especiais", finalizou Fernández.