Ricciardo revela ‘pânico’ após fim de vínculo com McLaren: “O que faço agora?”

Daniel Ricciardo revelou que ficou surpreso ao saber que não terminaria o contrato com a McLaren e, assim, não tinha planejado o próximo passo da carreira na Fórmula 1

Daniel Ricciardo foi contratado pela McLaren em 2021 a peso de ouro para liderar um projeto ambicioso da equipe britânica rumo ao topo da Fórmula 1. No entanto, o australiano não se deu bem na nova casa e foi superado inúmeras vezes pelo então companheiro Lando Norris. O resultado? Teve o vínculo de três anos encerrado com o time antes da hora, ao final do campeonato de 2022.

É que a performance de Ricciardo ficou ainda pior ao longo de 2022 e a McLaren resolveu promover Oscar Piastri, trocando um australiano experiente por uma promessa. Enquanto isso, apesar de ter a opção de continuar no grid por outras equipes, Daniel preferiu voltar para a Red Bull como piloto reserva.

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Durante o lançamento do RB19, que aconteceu na última sexta-feira (3), Ricciardo falou sobre as dificuldades que enfrentou quando soube que não continuaria com a McLaren. Segundo o piloto, o momento foi de pânico até definir o próximo passo da carreira.

“Definitivamente não estava nos planos voltar à Red Bull. No começo, provavelmente foi um pouco mais de pânico. É como 'meu Deus, o que eu faço agora? Tipo, o que vem a seguir? O que isto significa?' Então, são todos esses pensamentos de pânico”, relembrou o reserva do time dos energéticos. “É algo que, eu acho que como qualquer coisa, se você não está totalmente preparado, e te pega um pouco desprevenido, você fica um pouco surpreso”, seguiu.

Daniel Ricciardo e Christian Horner voltam a trabalhar juntos na Red Bull (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

O australiano chegou a ter conversas com outros times, mas não tinha certeza se um novo vínculo era o movimento mais certo para o momento. Por isso, decidiu voltar à Red Bull e ficar um tempo fora dos holofotes.

“Acho que depois de um mês eu já estava conversando com outras equipes. Mas eu sabia que, no fundo, eu não estava realmente lá. Eu estava tipo, 'estou fazendo isso apenas para permanecer no grid? É realmente o que eu quero?' Então, quando provavelmente fui mais honesto comigo mesmo, pensei que queria um ano de folga”, confessou.

Apesar de não ter um ano 100% sabático, já que vai trabalhar junto à Red Bull, a agenda de Ricciardo terá bem menos afazeres do que quando era piloto titular. Além disso, a escolha pela equipe austríaca tem relação com uma zona de conforto.

“Aconteceu muito rápido [o acordo com a Red Bull]. Nós dois pensamos 'isso faz sentido'. Eu acho que ter um pouco desse conforto, voltar para um lugar que era familiar para mim depois de alguns anos obviamente difíceis… foi feito muito rapidamente. Então, como eu disse, parecia muito óbvio”, finalizou o australiano.

Junto à equipe dos energéticos, Daniel teve alguns de seus melhores anos na Fórmula 1. Em um período que o domínio da Mercedes era quase absoluto, Ricciardo conseguiu desbancar as flechas de prata em sete oportunidades para subir ao lugar mais alto do pódio, com destaque para 2014, em que superou o então companheiro Sebastian Vettel e foi o único piloto fora da Mercedes a vencer corridas.

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