Chefes da F1 aprovam motores GM, mas reforçam: "Visão sobre Andretti não mudou"

Dirigentes das equipes de F1 acreditam que a chegada da GM pode ser benéfica para a categoria, mas seguem contra a presença da Andretti no grid

Diferente da Fórmula 1 que preferiu ignorar o interesse da General Motors em produzir motores para a categoria por meio da Cadillac, os chefes das equipes tiveram uma reação um pouco diferente. Os dirigentes até gostam da ideia de um novo fornecedor no esporte, desde que isso não implique no surgimento de uma 11ª equipe no grid.

A montadora confirmou na semana do GP de Las Vegas, que ingressou com pedido de registro para ser fornecedora de motores da categoria a partir da temporada de 2028. A F1, no entanto, achou viável ignorar por completo, em seu site oficial e nas redes sociais, o anúncio da gigante americana.

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O movimento da GM tem em vista a entrada na categoria ao lado da Andretti. As duas já firmaram acordo há cerca de um ano para a entrada no grid em 2025 ou 2026. Os dirigentes da Ferrari, Mercedes e Williams até gostaram da ideia da chegada da Cadillac. Porém, reiteraram a repulsa a uma nova equipe.

“Acho que todo novo fornecedor é bem-vindo na F1. Mas não é a mesma história da 11ª equipe. São duas questões distintas. Acho que a verdadeira questão está nos fornecedores de motores e podemos ter um novo fornecedor de motores”, disse Frédéric Vasseur, mandatário da Ferrari.

Frédéric Vasseur segue contra uma nova equipe na F1 (Foto: AFP)

Toto Wolff, chefe da Mercedes, reconheceu que a General Motors é um nome que pode ser muito benéfico para a F1. Contudo, continuou questionando a relevância da Andretti.

“A GM é um dos grandes nomes, sem dúvida, e acho que se eles dizem que querem ingressar no esporte em 2028, estão falando sério. Mas temos de ver se o detentor dos direitos comerciais considera que esta é uma boa entrada ou não. Para muitas equipes é uma grande diluição que pode fazer a diferença entre grandes perdas ou menos perdas e não mudei de opinião sobre isso”, disse Toto.

“Não vimos nenhum dado. Só para dizer 'vai ser incrível' – onde está o caso? Quais são os números? Quanto podemos ganhar em popularidade? Quanto vale o nome? Quanto mais o esporte pode ser atraente? Quais são os fatos? E se esses fatos forem positivos, não tenho dúvidas de que a F1 considera isso dessa forma”, concluiu o austríaco.

James Vowles, dirigente da Williams, seguiu uma linha de raciocínio similar à de Toto Wolff.

“Acho que a GM é uma boa empresa para trazer para o nosso esporte. Não temos discussões com eles, acho que eles são o tipo de empresa que fará nosso esporte crescer como resultado das coisas”, avaliou Vowles.

“Mas minha visão não mudou sobre a 11ª equipe adicional, fundamentalmente. Ainda está em torno das finanças da Williams, que é onde está meu foco”, finalizou.

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