Leclerc vê pragmatismo de chefe Vasseur como equilíbrio perfeito para Ferrari na F1

Charles Leclerc falou sobre o trabalho de Frédéric Vasseur à frente da Ferrari na Fórmula 1 e entende que a personalidade mais pragmática do francês é uma contramedida exata para controlar a tensão e as emoções sempre altas dentro da escuderia italiana

Mesmo que a Ferrari não tenha tido condição de entrar em uma briga mais acirrada com a Red Bull em 2023, é ainda a única equipe que foi capaz de quebrar a sequência de vitórias dos taurinos, e essa é só uma parte do enorme trabalho de Frédéric Vasseur no comando da escuderia vermelha em 2023, de acordo com Charles Leclerc. O monegasco entende que o estilo de chefia do francês, menos emocional, proporciona um equilíbrio perfeito dentro das garagens italianas.

Vasseur assumiu o cargo de chefe da Ferrari no início deste ano, substituindo Mattia Binotto. Imediatamente, o dirigente conduziu uma série de mudanças e promoveu uma reestruturação técnica dentro da fábrica de Maranello, com a meta de recolocar o time no caminho dos triunfos, mas não foi tão simples, devido à supremacia da Red Bull. Ainda assim, os ferraristas venceram o GP de Singapura.

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E um dos grandes segredos está em um trabalho mais pragmático de Vasseur, que é conhecido por possuir uma personalidade mais racional e sensata. "Fred é super calmo, o que é ótimo para alguém na posição em que ele está, porque passa muito disso para a gente", disse Leclerc.

Vasseur admitiu que ainda falta muito para a Ferrari chegar ao topo da F1 (Foto: AFP)

"Acho que, como uma equipe italiana e como Ferrari, o que mais amo aqui é a emoção que isso representa. Sempre que estamos no auge e como as pessoas são realmente apaixonadas, só que ter esse equilíbrio de Fred é muito bom. Ele tem uma visão clara quando as coisas não estão dando certo, mas também sabe o que fazer quando tudo está correto."

"Acho que já tínhamos essa filosofia de que temos de trabalhar muito, mas Fred fortaleceu isso e é muito bom", acrescentou.

Apesar de viver uma segunda metade de temporada melhor, a Ferrari passou por momentos críticos antes da pausa do verão europeu, em que houve cobranças por uma gestão mais dura, mais parecida com os "punhos de ferro" de Jean Todt — que dirigiu a escuderia entre o fim da década de 1990 e o começo dos anos 2000, período mais vitorioso da histórica recente de Maranello.

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Vasseur, porém, rejeitou a ideia. "Punhos de ferro não é muito o meu estilo e os tempos mudaram também", disse o francês. "A abordagem psicológica hoje é diferente, precisamos de algo mais inclusivo, temos de fazer com que todos participem de um projeto vencedor."

"Isso é verdade em todos os contextos, não apenas na F1", emendou.

Neste momento, a Ferrari ocupa a terceira posição no Mundial de Construtores, com 298, 28 a menos que a Mercedes, vice-líder. A Red Bull já garantiu o sexto título em 2023.

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