Aston Martin pede "pés no chão" após 4º pódio em 2023: "Nunca encare como algo normal"

Mike Krack, chefe da Aston Martin, disse que equipe precisa continuar trabalhando duro para seguir somando pódios em 2023. Na opinião do britânico, Max Verstappen teria vencido o GP de Miami independentemente da estratégia escolhida

Em cinco corridas realizadas pela Fórmula 1 em 2023, a Aston Martin conseguiu subir ao pódio em quatro delas — Bahrein, Arábia Saudita, Austrália e Miami —, todas com Fernando Alonso. No último domingo (7), durante a prova disputada nos Estados Unidos, o espanhol se colocou em um nível próprio, abaixo apenas da Red Bull e à frente de todos os outros competidores. Questionado se já está acostumado aos pódios, o chefe Mike Krack garantiu que não e disse que o trabalho duro precisa continuar.

"Não, pés no chão. Você nunca deve encarar um pódio na Fórmula 1 como algo normal ou dado, porque estar lá envolve muito trabalho duro", destacou Krack. "E você tem competidores muito profissionais e muito, mas muito fortes na F1. Se você não estiver 100% em todas as áreas, a todo momento, não irá ao pódio", frisou.

[relacionadas]

O chefe da Aston Martin explicou a estratégia utilizada por Alonso na corrida, a mais comum entre todos os pilotos do grid — ainda que a variação tenha sido grande, com carros largando de duros, médios e macios. Segundo Krack, o mais lógico — e seguro — era usar os compostos de faixa amarela no início, mas o plano executado por Max Verstappen chamou a atenção da equipe britânica.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

F1 2023, GP DE MIAMI, CORRIDA, DOMINGO, PÓDIO, FERNANDO ALONSO, ASTON MARTIN, AFP
Alonso conquistou seu quarto pódio de 2023 com terceiro lugar em Miami (Foto: AFP)

"A estratégia com os pneus médios era a mais lógica, porque você não quer ter pontos negativos nas primeiras voltas e sempre há o risco de um safety-car na corrida", explicou. "Então, se você estiver usando os duros — os pneus errados —, é muito perigoso", destacou.

"Essa estratégia [de largar com duros] é algo que estamos analisando agora. Acho que Max [Verstappen] teria vencido com qualquer estratégia, para ser honesto", admitiu Krack. "Mas é algo que vamos analisar depois da corrida, o que poderíamos ter feito de diferente?", questionou.

"Acho que foi, provavelmente, a estratégia mais segura", prosseguiu. "Para nós, como equipe, a abordagem certa neste momento é escolher a estratégia mais segura", completou.

Por fim, Krack explicou um undercut sofrido pela Aston Martin durante a corrida, quando Alonso perdeu a posição para Carlos Sainz após ir aos boxes colocar os pneus duros. No entanto, o asturiano saiu próximo ao compatriota na pista e logo conseguiu deixar a Ferrari para trás, aproveitando um ritmo muito melhor com os compostos de faixa branca.

Por outro lado, Stroll não teve uma jornada fácil e foi apenas o 12º (Foto: Aston Martin)

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

Mike ressaltou que permanecer na pista acabou se pagando no fim, já que Alonso terminou 6s9 à frente de George Russell, quarto colocado, enquanto Sainz ainda perdeu mais uma posição e finalizou em quinto.

"Primeiramente, queríamos seguir nosso plano e não apressar as coisas com um undercut, porque você está construindo uma vantagem com os pneus", garantiu. "Não podemos esquecer que não sabíamos quanto tempo teríamos com os duros naquele momento. Não queríamos nos precipitar, e também não queríamos sair no tráfego — porque você fica preso no ar sujo e força demais os pneus", afirmou.

"Acho que ficar na pista foi uma grande decisão da equipe de estratégia", reconheceu Krack. "Ainda tínhamos ritmo com aqueles pneus, e acho que isso se pagou mais tarde na corrida", encerrou o chefe da Aston Martin.

A próxima parada da Fórmula 1 acontece entre os dias 19 e 21 de maio, com o GP da Emília-Romanha, e o GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento.