Red Bull rejeita que "cópia ignorante" do assoalho salve rivais: "Não é só geometria"
Paul Monaghan, engenheiro-chefe da Red Bull na Fórmula 1, admitiu que não é ideal que todos vejam o assoalho da equipe. Mas nada desesperador
Um fim de semana inteiro de corrida já passou desde que os fiscais do GP de Mônaco içaram o RB19 de Sergio Pérez após acidente e mostraram todo o assoalho da Red Bull e seu carro que só não faz chover na Fórmula 1 2023. Mas o que isso pode render? Segundo a equipe da marca de energéticos, nenhuma solução mágica para as equipes rivais.
Quem falou sobre o assunto foi Paul Monaghan, engenheiro-chefe da Red Bull. Embora tenha admitido que não é o ideal de acontecer algo assim, até porque a Mercedes contou que estava estudando o assoalho por fotos, nada de salvação saíra das imagens. O assoalho sem as partes integradas internas vão render apenas "cópias ignorantes".
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"Não é ótimo que aconteça. Não colocamos nosso carro no alto para que as pessoas vejam, mas já aconteceu e vamos continuar a vida. Existe uma fase [de trabalho] entre as pessoas verem, colocar no carro e realmente melhorar. Uma melhor descrição é que uma cópia ignorante não vai necessariamente ser mais rápida: tem de integrar. Não é somente geometria do assoalho", afirmou.
"Nosso caminho de desenvolvimento está razoavelmente estabelecido em termos de datas em que queremos implementar coisas novas que nos tornem mais velozes", prometeu.

"Se mudarmos o plano de desenvolvimento de alguém, então provavelmente vamos aumentar o período entre eles começarem o trabalho e colocarem [as novidades] no carro. Mais ou menos na altura do GP do Japão, veremos onde cada um está. Temos de manter nossa disciplina e caminho para desenvolver, porque é só nosso carro que podemos mudar. Não podemos influenciar o que os outros fazer, então vamos continuar trabalhando do nosso jeito", garantiu.
Além das conversas sobre o assoalho, Monaghan tratou das mudanças de Mercedes e Ferrari sobretudo nos sidepods de acordo com as últimas atualizações.
"Voltamos para 2009, 2010, 2011 e até 2014, quando estávamos ganhando corridas com um pacote semelhante ao que a Mercedes tinha. Não somos imunes a isso. Outras pessoas podem olhar para nosso carro e pegar influências se acharem que podem melhorar com isso. Tudo bem", falou.
"Pergunte para a McLaren sobre o carro de 2011, o que ele parecia quando não era rápido. Então, apareceram com um exaustor que era como o nosso, e o carro ficou bem rápido. Aconteceu por muitos anos, e vamos seguir em frente. É um método para nivelar o esporte. Não existem direitos sobre a criação", finalizou.
A Fórmula 1 volta em duas semanas, entre os dias 16 e 18 de junho, com o GP do Canadá, em Montreal, oitava etapa da temporada 2023. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo.