Quais pilotos da F2 conquistaram pontuação exigida para superlicença?
A saga de Logan Sargeant chamou a atenção para a superlicença. Além do americano, outros oito pilotos também encerram 2022 elegíveis para conquistar o passe definitivo para a F1 no futuro
Marcada pelo título de Felipe Drugovich, com direito a recorde de pontos na vantagem para o vice Théo Pourchaire, a temporada 2022 da Fórmula 2 jogou holofotes sobre um fator que, até então, era pouco discutido, mas é determinante para a promoção de um piloto da base para a Fórmula 1: a superlicença. E isso tudo porque a Williams resolveu inovar e anunciou Logan Sargeant como substituto de Nicholas Latifi, sob a condição de conseguir a pontuação necessária para o passe.
A partir daí, foi uma corrida contra o tempo para não dar brecha ao azar. Ao final, o americano conseguiu obter a superlicença — chegou à rodada final, em Abu Dhabi, precisando ser ao menos sexto na classificação geral para bater os 40 pontos exigidos pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo). Além de Sargeant, outros pilotos do grid também encerram o ano elegíveis para a F1 no futuro.
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Como a F2 já premia com os 40 pontos os três primeiros colocados da tabela, Felipe Drugovich, Théo Pourchaire e Liam Lawson encerraram o ano com um problema a menos. No caso do campeão, especificamente, ele ainda completou mais 300 km com um carro de F1 da Aston Martin — uma exigência da FIA além da pontuação para a superlicença. Pourchaire, por sua vez, já tinha os 40 pontos graças às performances na F4 Francesa, F4 Alemã e F3.
Jack Doohan teve problemas na última corrida do ano e perdeu a chance de fechar a temporada como o terceiro melhor do grid, mas a sexta colocação ao final deu ao australiano a pontuação necessária, assim como Jüri Vips. Já Frederik Vesti, nono colocado, possuía os 40 pontos na conta — mesmo caso de Dennis Hauger e Jehan Daruvala.
Vale destacar que a pontuação é essencial, mas não é o único requisito que garante a promoção de um piloto da F2 para a F1. A entidade máxima que gere o esporte também exige que os pilotos já tenham andando com um Fórmula 1 por pelo menos 300 km (daí o teste de Drugovich em Silverstone, no início de novembro). É por isso que muitas equipes optam por sessões privadas com carros antigos, como a McLaren fez ao longo de todo o ano, por exemplo.
Há também outras maneiras de obter pontos, além da distribuição dada aos campeonatos reconhecidos pela FIA. Passar pela temporada sem punições pode dar ao piloto dois tentos adicionais. Participação nos treinos livres da F1, desde que atinja 100 km em cada sessão sem sanções, também pode render até dois (por essa razão, a Williams escalou Sargeant em quatro TLs até o fim da temporada).