Mir se prepara para "mais pressão" e assume que Honda vive "momento difícil"
Às vésperas da estreia pela marca, espanhol admitiu que a pressão de vestir o uniforme da Honda é grande, já que a vitória é o único bom resultado. Ainda assim, o #36 assumiu que o momento não é positivo para a montadora
Joan Mir reconheceu que chega à Honda em um “momento difícil” na MotoGP. Apesar das claras dificuldades encaradas pela RC213V, o espanhol considerou que a pressão é alta, já que na marca da asa dourada, a vitória é o único resultado que interessa.
Apesar do histórico vitorioso na MotoGP, a Honda vai para a temporada 2023 em baixa. Dependente de Marc Márquez, a construtora sofreu no ano passado com mais uma ausência do espanhol por causa de uma quarta cirurgia no braço direito — ainda resultante da fratura sofrida na abertura do campeonato de 2020 — e também problemas de visão, e acabou na última colocação do Mundial de Construtores.
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Sendo assim, a pressão é alta na fábrica japonesa, que tenta reagir ao crescimento da concorrência e colocar a RC213V de volta aos trilhos.
Além de tentar recuperar a forma, a Honda também fez uma mudança na composição do time, com Mir chegando para assumir o lugar de Pol Espargaró ao lado de Marc Márquez. Depois de quatro anos de Suzuki e com um título da MotoGP na bagagem, o piloto de Palma de Maiorca chega ciente da pressão extra de vestir o uniforme japonês, mas também sabendo que o momento não é dos melhores.
“Claro, ser parte desta equipe significa mais pressão, pois só a vitória é um bom resultado aqui”, disse Mir. “Sabemos que chegamos em um momento difícil, mas a abordagem às corridas tem de ser a mesma: tentar ser o mais rápido que pudermos para levar essas cores ao lugar que elas merecem”, seguiu.
Perguntado se, durante o teste de Valência, quando estreou a bordo da RC213V, teve a chance de aprender algo com Marc Márquez ou se surpreendeu com o novo companheiro de equipe, Mir respondeu: “Durante o teste, pude fazer algumas voltas com ele e compartilhar alguns dados. Ele sabe perfeitamente como essa moto funciona. Ele é capaz de pilotar da maneira que a moto pede: entrando realmente rápido nas curvas, que provavelmente é mais rápido do que as motos que testei no passado. Aí, a maneira que a moto entrega potência é diferente das motos que eu testei antes. Eu preciso me acostumar, e Marc sabe muito bem como fazer isso”.
“Compartilhar os boxes com Marc será um verdadeiro desafio, porque ele é o melhor piloto do grid e o que tem mais títulos”, assumiu. “Isso é algo que pode ser realmente bom por um lado e, provavelmente, mais difícil por outro. Podemos compartilhar dados com ele e posso aprender muito do lado de dentro, mas, se não atuar da maneira que quer, sempre terá um piloto forte do outro lado da garagem”, concluiu.