Força-tarefa surte efeito, e MotoGP consegue vistos pendentes para GP da Índia

Depois de muito atraso, as equipes do Mundial de Motovelocidade já se encaminham para a Índia para o GP deste fim de semana. O GRANDE PRÊMIO confirmou a emissão dos vistos faltantes

Os vistos não são mais um problema para a realização do GP da Índia deste fim de semana. O GRANDE PRÊMIO confirmou junto às equipes da MotoGP a emissão da documentação que permitiu o embarque do pessoal do Mundial de Motovelocidade em direção ao país asiático.

No início da semana, a Honda era a equipe em maiores dificuldades, já que apenas três vistos tinham sido emitidos de um total de cerca de 50. Marc Márquez, inclusive, era um dos afetados pela falta de documentação. O GP procurou a equipe japonesa nesta quarta-feira (20) e confirmou que os vistos foram emitidos.

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“Estamos voando agora”, confirmou um porta-voz da equipe.

A Tech3, que também teve parte do pessoal afetado pelo atraso, recebeu o último documento faltante nesta manhã e já pode seguir viagem. A equipe de Hervé Poncharal assume, no entanto, que o problema impactou o funcionamento normal dos trabalhos.

“Vamos conseguir. A equipe da Moto3 poderá preparar tudo somente a partir de amanhã de manhã”, disse a equipe ao GRANDE PRÊMIO.

A KTM, que também tinha sido afetada, foi mais uma a confirmar ao GP que agora conta com a documentação necessária. “Estamos todos bem”, indicou.

Nas equipes menores, a situação é a mesma. A Red Bull KTM Ajo confirmou que “a equipe já está trabalhando no circuito”. A Leopard, que também tinha enfrentado atrasos, começou a ver a situação solucionada na terça-feira.

“Sim, também tivemos problemas com os vistos”, disse a Leopard ao GRANDE PRÊMIO. “A maior parte da equipe deveria viajar na segunda-feira, mas só três de nós puderam, pois o resto dos vistos não chegou a tempo”, explicou.

“Até que nesta manhã [terça-feira], começamos a recebê-los. Tínhamos cerca de oito pessoas sem visto. E, claro, tivemos de remarcar voos para todos eles para amanhã”, apontou. “Foi um pouco caótico, mas parece que, pelo menos para a nossa equipe, tudo foi finalmente solucionado”, completou.

A Aspar também conseguiu os 26 vistos necessários para o pessoal de Moto3 e Moto2.

“Fizemos uma nova solicitação e recebemos todos. 26 de 26. A maioria já está na Índia, só três estão voando hoje”, disse a equipe ao GRANDE PRÊMIO.

Questionada se esse atraso atrapalha o cronograma, a equipe respondeu negativamente, apontando que foi apenas questão de remarcar os três voos.

Em uma nota à imprensa divulgada na terça-feira, a Fairstreet Sports, promotora do GP da Índia, garantiu que estava empenhada em trabalhar com as autoridades locais para solucionar o problema dos vistos.

“Fomos atualizados sobre a atual situação do atraso no processo da emissão de vistos”, disse a Fairstreet Sport. “Nós gostaríamos de dizer que estamos trabalhando sem parar para resolver a questão da melhor maneira possível”, seguiu.

“Cerca de 500 vistos foram liberados e um número ainda maior será feito em breve. As equipes dedicadas estão fazendo todo o possível para garantir que todo piloto, equipe e oficiais técnicos recebam o mais rápido possível. Esse incidente foi inesperado e estamos fazendo tudo que é possível para lidar imediatamente com isso”, garantiu. “Entendemos a importância de uma experiência perfeita para todos os participantes e encorajamos a todos a serem pacientes e cooperaram conosco e com as equipes”, declarou.

“Somos imensamente gratos ao governo da Índia, ao MEA [Ministério das Relações Exteriores], MHA [Ministério do Interior] e o governo de Uttar Pradesh pelo continuo apoio e colaboração. Estamos confiantes de que todos os vistos pendentes serão processados e todo o pessoal necessário para a corrida vai chegar à Índia a tempo e em segurança”, completou.

Mais tarde, a promotora divulgou um novo comunicado, defendendo que o atraso não reflete o empenho na realização do GP da Índia.

“Lamentamos os atrasos imprevistos com o processo de emissão dos vistos. Por favor, entendam que isso não reflete nossa dedicação e trabalho duro. Foi uma falha técnica imprevista, que é parte integrante dos desafios enfrentados durante um evento inaugural como este”, completou.

Vale destacar, porém, que está não é a primeira vez que a Índia tem problemas com vistos em caso de grandes eventos. Em 2011, Nico Rosberg teve visto negado às vésperas da estreia da Fórmula 1 no país. A documentação do alemão, porém, foi emitida, permitindo a participação na prova em Buddh, que ficou no calendário apenas até 2013.

MotoGP retoma as atividades no fim de semana do dia 24 de setembro, com o GP da Índia, a ser disputado em Buddh. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das classes menores Moto2 e Moto3.

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