Quartararo se preocupa com performance da Yamaha: “Não me sinto pronto para 1º GP”

Francês frisou que a YZR-M1 não tem bom desempenho com pneus novos e perde demais em relação à concorrência. O campeão de 2021 torceu por uma solução no último dia da pré-temporada, mas reconheceu que não se sente confortável na moto

Restando um único dia para o encerramento da pré-temporada 2023 da MotoGP, Fabio Quartararo afirmou que não se sente “pronto para a primeira corrida”. O francês de Nice destacou que a Yamaha segue sofrendo excessivamente com a performance com pneus novos e perde demais na comparação com a concorrência.

O #20 fechou o primeiro dia de testes em Portimão com o oitavo melhor tempo, mas precisou colocar um pneu macio no fim do teste para chegar em 1min39s614, 0s843 atrás de Francesco Bagnaia, o líder dos trabalhos. Franco Morbidelli, por outro lado, ficou apenas em 21º, 1s643 atrás do líder.

Fabio Quartararo não escondeu a preocupação com a forma da Yamaha (Foto: Yamaha)

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A preocupação com o ritmo fez com que Fabio deixasse de lado a velocidade máxima, que foi um ponto frágil ao longo da temporada 2022.

“No momento, nós temos problemas maiores do que velocidade máxima”, disse Quartararo.

‘El Diablo’ explicou que só conseguiu chegar à marca de 1min39s apelando para um pneu macio, uma diferença sensível em relação ao que fez no ano passado.

“No último momento, usei um pneu macio. Foi um pouco melhor, mas fiz [uma volta de 1min]39s6 e ano passado, depois de todo o fim de semana na chuva, minha terceira volta na corrida com um pneu médio foi em 39s4”, recordou. “Todo o ritmo que fizemos na corrida do ano passado foi na casa dos 39s e eu estava fazendo não fácil, pois estava forçando no limite, mas hoje fiz só uma em 39s com o pneu médio e estava atrás de Marc, totalmente no limite”, frisou.

O francês reconheceu que “não faz ideia” da causa dos problemas de performance com pneus novos calçando a YZR-M1.

“Só não está freando, é a velocidade de curva, a estabilidade, a saída das curvas. Normalmente, no passado eu usaria um novo pneu e seria rápido em todos os lugares. Então é difícil entender. Mas é também a maneira que a moto está trepidando e tudo é difícil”, ponderou. “O problema não é só a classificação, é também comum pneu novo para a corrida. Estou preocupado com as corridas sprint, pois se checarmos em comparação com os caras da ponta, quando eles colocam pneus novos, somos 0s5 mais lentos”, assumiu.

“Aí, da volta 15 a 25, somos de 0s1 a 0s2 mais lentos. Mas a maior diferente é com os pneus novos e, mais ainda, no tempo de ataque”, sublinhou.

Restando só mais um dia de testes, Quartararo não esconde a preocupação, mas torce para que a casa de Iwata consiga encontrar uma solução.

“Tomara que amanhã [domingo] tenhamos uma solução. Mas, no momento, não me sinto pronto para a primeira corrida e não me sinto bem na moto, por isso, acho que pela primeira vez, não chequei a velocidade máxima”, contou o #20.

O sábado também serviu para que Fabio pudesse testar uma asa maior, mas o plano para domingo é “testar outro pacote [aerodinâmico] e é isso. Mas não testamos muitas coisas. Só tentamos entender se podemos encontrar uma boa base para a nossa moto”.

“Ainda não achamos, mas temos de trabalhar mais no acerto do que em coisas novas”, completou.

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