Honda se pronuncia pela 1ª vez e emite nota de pesar pela morte de Somaschini

A Honda se manifestou oficialmente pela primeira vez desde o acidente de Lorenzo Somaschini, que resultou na morte do piloto de apenas 9 anos. A montadora dá nome ao torneio que argentino e outras crianças disputavam em Interlagos no último fim de semana

O esporte a motor brasileiro está de luto após a morte de Lorenzo Somaschini, piloto argentino de apenas 9 anos que sofreu nesta segunda-feira (17) em decorrência de um acidente sofrido durante treino para etapa da Honda Jr Cup, categoria de base que faz parte do Superbike Brasil, na última sexta-feira em Interlagos.

Natural de Rosário, na Argentina, Somaschini se acidentou na saída do Pinheirinho durante o primeiro treino livre da categoria apoiada pela Honda. O campeonato, porém, não forneceu detalhes do acidente. De acordo com o instrutor Diego Pierluigi, à rádio LA100, o novato teve um highside e decolou antes de bater a cabeça no solo.

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Somaschini morreu na última segunda-feira (17), após não resistir aos ferimentos do acidente sofrido em Interlagos. O argentino foi resgatado por uma ambulância durante o treino da Honda Jr Cup e depois levado para o Hospital Albert Einstein, na zona sul da capital paulista.

Através de uma breve nota emitida pela assessoria de imprensa, a Honda se manifestou pela primeira vez desde o acidente do jovem piloto, no dia 14 de junho. No comunicado, a montadora diz que "lamenta profundamente o falecimento de Lorenzo Somaschini" e que "presta condolência aos familiares e amigos nesse momento de extremo pesar".

Lorenzo Somaschini, de apenas 9 anos, morreu após acidente no Superbike Brasil (Foto: Reprodução)

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Antes mesmo da morte da criança, o GRANDE PRÊMIO procurou a Honda via assessoria de imprensa com questionamentos não só sobre a dinâmica do acidente, mas também as exigências para participação na Honda Júnior Cup, a manutenção e o ano das motos e os preparo dado aos competidores, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto e será atualizado assim que tiver um posicionamento da marca.

GP também procurou o campeonato organizado por Bruno Corano, mas tampouco obteve respostas.

Superbike Brasil possui histórico de polêmicas e mortes

A morte de Somaschini é sexta de competidores do Superbike Brasil em acidentes em Interlagos nos últimos sete anos: Sérgio dos Santos, em julho de 2017; Rogério Munuera, em junho de 2018; Maurício Paludete, em abril de 2019; Danilo Berto, em maio de 2019; e Matheus Barbosa, em novembro de 2020.

Em maio de 2019, na esteira das mortes de Paludete e Berto, a Prefeitura de São Paulo chegou a suspender as corridas de moto em Interlagos, mas a suspensão não durou muito tempo. A própria Honda chegou a suspender a participação no Superbike Brasil na mesma época, mas voltou após dois meses. A Yamaha deixou o campeonato no mesmo momento e jamais retornou.

Além do número elevado de acidentes fatais na categoria, o SuperBike Brasil também já se envolveu em outras polêmicas. Em janeiro de 2020, o GRANDE PRÊMIO revelou que o campeonato usou documentos falsificados no julgamento de um protesto da equipe de Alex Barros contra a Honda usada por Eric Granado.

Na ação, o time de Barros questionava o motor da CBR 1000 RR Fireblade. O motor foi, então, analisado pelo SENAI, mas apesar de o resultado apontar divergências no peso das bielas, a CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo) concluiu que não se tratava de uma irregularidade.

A equipe de Alex, então, recorreu ao STJD, onde foram anexados documentos supostamente elaborados pelo SENAI e pela FIM. Nenhuma das entidades, porém, reconhece a produção dos documentos.