Kanaan recorda 2004 e 2007 como derrotas mais amargas na Indy 500: "Não eram pra ser"

Vencedor em 2013 e prestes a largar na Indy 500 pela última vez, Tony Kanaan recordou ao GRANDE PRÊMIO as derrotas de 2004 e 2007 no Speedway, considerando como as mais dolorosas da trajetória

No próximo domingo (28), Tony Kanaan alinhará na Indy 500 pela última vez na carreira. Aos 48 anos de idade, o brasileiro — agora da McLaren — tem o inesquecível anel conquistado em 2013, mas aproveitou para relembrar algumas derrotas doloridas entre as 21 participações que já teve aqui na prova mais importante do esporte a motor americano.

Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Tony recordou da edição de 2004 da Indy 500, justamente no ano em que levantou a Astor Cup pela única vez na carreira, em temporada na qual completou todas as voltas do campeonato. Naquela ocasião, o brasileiro liderou 28 voltas da corrida e estava na briga pela vitória nas retas finais, mas a chuva surgiu na volta 174 e acabou encurtando a corrida, dando a vitória para Buddy Rice, da Rahal Letterman.

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"Eu acabei em segundo para o Buddy Rice. Ele tinha um carro um pouco superior, mas a gente tinha uma estratégia melhor de pit-stop e os caras [da equipe] falaram: ‘Nem precisa segurar ele, porque ele vai ter de parar’. E aí choveu, não acabou a corrida inteira e ele não precisou parar. Acho que essa foi a que doeu mais", declarou Tony.

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Kanaan vai disputar a Indy 500 pela última vez (Foto: Indycar)

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Outra memória de Tony foi a de 2007. Na ocasião, o piloto largou do segundo lugar e liderou a maior parte da primeira metade da corrida. Com 113 voltas, a prova foi interrompida por chuva. A pausa durou quase três horas. Após a bandeira verde, Kanaan se envolveu em um acidente com Jaques Lazier, e mesmo se recuperando, viu Dario Franchitti sair com o triunfo após uma interrupção final por pista molhada.

“[Também teve] o ano que choveu e tinha passado mais da metade da corrida, em 2007, que eles podiam me declarar o vencedor e aí ficaram naquela de ‘vamos tentar, porque não vai ser justo com os fãs’. Esperamos três horas para secar a pista, demos mais 10 voltas e começou a chover de novo. Tiveram oportunidades que não eram para ser. Mas também assim, eu acho que se essa vitória de 2007 viesse, não iria ser como foi em 2013", seguiu.

Sobre 2022, Kanaan admite dor pela derrota. Com a Ganassi, o veterano viu o então companheiro de equipe Marcus Ericsson sair com o triunfo, enquanto fechou no terceiro lugar e sem chance de atacar o sueco e o mexicano Pato O'Ward na relargada final da prova.

“A do ano passado doeu, principalmente com a minha fama de relargadas, mas se pensar bem, sendo realista, o [Scott] Dixon e o [Álex] Palou jogaram a corrida fora. Nós éramos os quatro carros mais rápidos, mas se você olhar a corrida, o Dixon estava em outro patamar. Eu não vou aqui falar que iria ganhar a corrida, o resultado está lá, ganha quem não comete os erros, mas era dele [Dixon], não é?", completou.

A largada das 500 Milhas de Indianápolis está marcada para às 13h30 (de Brasília, GMT-3) do próximo domingo (28), com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.