Dixon dá sequência a bom momento e já aponta caçada pelo hepta na Indy em 2024

Scott Dixon retornou ao palco do último abandono registrado na Indy para mais uma exibição fenomenal, que mostra que o bom momento de 2023 segue e o pode colocar na briga pelo título

Scott Dixon foi, em 2023, um dos melhores vice-campeões da história da Indy. O neozelandês não fez frente à Álex Palou na briga pelo título, isso é fato. Porém, fez um ano absolutamente forte. Presença no top-10 em 16 das 17 corridas, vários pódios e 3 vitórias nos últimos quatro GPs. A pontuação foi superior a do campeão Will Power em 2022. A tarefa para 2024 seria difícil: carregar o bom momento do ano anterior. Em Long Beach, ele conseguiu.

O curioso também é que Dixon venceu justamente a única prova que não completou no ano passado. Na ocasião, um acidente com Pato O'Ward o fez abandonar. Na edição de 2024, não figurava necessariamente como um dos favoritos apesar do equilíbrio de equipes e montadoras. Talvez surja assim um dos cenários onde o hexacampeão é mais competente.

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O incidente chave para a vitória acontecer veio na volta 16. O atrapalhado Christian Rasmussen, que tem início bem modesto na Indy, errou e encontrou o muro, levando também Jack Harvey. A chamada da bandeira amarela fez Scott adotar uma nova estratégia, que implicaria um pit-stop antecipado em comparação aos líderes e que precisaria de economia de combustível no fim. A chamada, inclusive, foi repetida pelo então líder da prova Will Power.

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Scott Dixon (Foto: IndyCar)

E quando Dixon ultrapassou Power, ainda em batalha pelo 13º lugar, já era um forte indicativo de como o neozelandês seria um fator para brigar pela vitória. E assim aconteceu, assumiu a liderança depois da rodada de pit-stops dos líderes, e assim o fez também no segundo período. Inclusive, deixou Power bem para trás, mostrando que não era apenas uma questão estratégica.

Quando a estratégia se neutralizou e a disputa passou a ser apenas na pista, veio mais uma aula de Scott. Mesmo vendo a vantagem construída sobre Newgarden cair gradativamente, ele manteve a calma e viu que o piloto da Penske estava gastando os pneus até demais. Além de tudo, ainda contou com a sorte. Um toque de Colton Herta fez o piloto da Penske perder as marchas e cair em ponto neutro no meio da reta. Tanto Herta, quanto Palou, até poderiam chegar perto, mas não tinham ritmo para passar o neozelandês, que precisou apenas negociar os retardatários para caminhar ao triunfo 57 da carreira.

Uma das tarefas mais difíceis na Indy é conseguir manter o bom momento. Afinal, foram seis meses sem corridas. Quando falamos de Dixon, também há um medo: de que ele fique velho e seu auge passe. Pois bem, não passou, e ele executou muito bem o trabalho de carregar o que fez em 2023 para 2024. São quatro vitórias nas últimas seis corridas, e agora vivendo a esperança que uma Long Beach não atrapalhe a jornada assim como no ano passado.

A Indy ainda não engatou tanto, mas Long Beach é um bom passo inicial para isso. Uma reta final animada, com quatro ótimos pilotos brigando pela vitória. No fim, o equilíbrio pesou ao lado de Dixon, mais esperto em todos os aspectos deste domingo. Josef Newgarden deixa a Califórnia com um gostinho de que poderia mais, mas ainda saiu com pontos importantes antes do primeiro misto do ano, que tem a torcida para manter o equilíbrio visto em Long Beach, diferente do domínio da Chevrolet em St. Pete.