Lundgaard se aproxima dos grandes times e tempera apimentado GP de Indianápolis
Christian Lundgaard foi a cereja do bolo de uma surpreendente RLL no misto de Indianápolis. Crescimento do time apimenta mais uma corrida que promete e chama atenção pelo equilíbrio
O GP de Indianápolis virou uma prova conhecida por sempre apresentar surpresas e um pelotão mais próximo do que o esperado. Sebastián Saavedra, por exemplo, foi pole na edição inaugural com a KV. Rinus VeeKay já foi pole e vencedor com a Carpenter. Romain Grosjean, de Dale Coyne, também já largou na ponta no misto. Mas é possível que ninguém esperava um resultado tão anormal quanto o desta sexta-feira, com Christian Lundgaard na pole de RLL.
O time de Bobby Rahal não é necessariamente uma "nanica" na Indy. Inclusive, entre 2015 e 2020, era considerada como a quarta força do pelotão com Graham Rahal. Já venceu a Indy 500 com Takuma Sato em 2020, mas conforme o tempo passou e curiosamente os recursos aumentaram, a situação foi deteriorando pouco a pouco, até chegarmos em 2023. Mesmo alinhando três carros no grid, o nível de performance é muito abaixo daquilo que já foi visto.
Mesmo com a indicação já nos treinos livres de que o ritmo seria forte, ter Lundgaard na pole-position, Jack Harvey em quarto e Graham Rahal em oitavo é mais um elemento muito interessante para uma pista que, além de proporcionar grandes corridas, também é capaz de aproximar o pelotão. É uma resposta muito boa para o momento que a Indy vive, onde o quarteto Penske-Ganassi-McLaren-Andretti parece mais distante dos intermediários.
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Christian, por sinal, registrou o único pódio até aqui na Indy justamente no GP de Indianápolis 2 no ano passado. O bom desempenho do carro pode servir de mais um empurrão para o dinamarquês, que ultimamente vem tirando leite de pedra de um carro que só fica para trás nas mãos de Rahal e Harvey. Sonhar com uma primeira vitória é possível.
“Isso é algo que eu comecei a dizer antes de Barber, então eu continuo dizendo, sempre que estou no carro, que ‘é um ótimo para estar na América’ e aqui vamos nós. É a primeira pole do ano na Indy, então vamos lá. Quero dizer, agora temos uma chance, estamos liderando o grid na largada, é isso que queremos ser, então vamos ficar lá pelo resto da corrida”, disse Lundgaard.
O favoritismo, todavia, não está necessariamente nas mãos de outros dois nomes: Álex Palou e Pato O'Ward. O espanhol da Ganassi largará da segunda fila, na terceira posição, mas com o benefício de ter a Ganassi nas mãos, o melhor carro de motor Honda da Indy. Entre os pilotos do time, apenas Marcus Armstrong não larga do top-10, mas mesmo assim avançou no primeiro segmento.
O'Ward, por sua vez, tem uma McLaren que parece casar muito bem em praticamente todo tipo de pista na Indy em 2023. E a prova disso é que, mesmo com um Fast 6 abaixo da média, largando apenas de quinto, ele viu o companheiro de equipe Felix Rosenqvist surpreender e quase tirar a pole de Lundgaard. Ao lado da RLL, é o melhor carro do fim de semana até aqui.
Desde que chegou ao calendário da Indy, o misto do Speedway sempre entregou grandes histórias e grandes corridas. O cenário desta sexta-feira é animador para mais capítulos aquecerem o que vem por aí no dia 28 de maio.